Gleisi rebate Edir Macedo e diz que 'ele é quem deve pedir perdão a Deus'
Do UOL, em São Paulo
04/11/2022 08h23Atualizada em 04/11/2022 12h52
A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou hoje que "dispensa" o perdão do bispo Edir Macedo após vídeo em que ele diz que cristãos devem "olhar para a frente" e não guardar mágoa pela vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em mensagem no Twitter, Gleisi afirma que é Edir Macedo "quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou". No texto, ela acusa o bispo de induzir milhões de pessoas a acreditaram em mentiras sobre Lula e o PT "usando a igreja e seus meios de comunicação para isso".
"A nossa consciência está tranquila", diz a presidente do PT.
O vídeo de Edir Macedo teve uma repercussão positiva entre os seguidores do bispo. Nos comentários, fiéis chamaram Edir Macedo de "sábio", concordaram com a mensagem e disseram que o perdão "é algo maravilhoso".
Líder da Igreja Universal, Edir Macedo fez oposição a Lula e foi aliado de Bolsonaro desde a eleição anterior, em 2018.
Durante o período eleitoral, a Igreja Universal do Reino de Deus publicou no seu site um texto em que atacava o PT e Lula por tentarem se aproximar do eleitorado evangélico.
Universal ataca PT e Lula por busca de voto evangélico. Durante a campanha eleitoral, a Igreja Universal do Reino de Deus divulgou em seu site um suposto texto do Partido dos Trabalhadores com 11 propostas importantes para o eleitorado evangélico. O conteúdo da igreja foi publicado com o título "Panfleto do PT tenta enganar eleitor evangélico".
Na corrida eleitoral os discursos buscam alcançar todos os públicos para convencê-los sobre a melhor opção para ocupar o cargo máximo no País nos próximos anos. Contudo, nesse processo de promoção de promessas, figuram muitas incoerências e informações 'para inglês ver' ou, em uma versão adaptada à realidade atual, 'para o evangélico ver'.
Igreja Universal
O texto continuava acusando o PT de querer colocar em prática projetos iguais aos de países como Cuba, Venezuela, Argentina, Nicarágua, Colômbia e Chile, e que "os levaram ao verdadeiro caos". A acusação é comumente usada pelo presidente Jair Bolsonaro para criticar países liderados pela esquerda.
"Em uma leitura desatenta, o conteúdo pode até envolver os eleitores e por isso é preciso colocar luz sobre os temas abordados e mostrar a realidade que tentam esconder deles. Entre eles estão projetos que já foram colocados em prática em países governados pela esquerda, como Cuba, Venezuela, Argentina, Nicarágua, Colômbia e Chile, e os levaram ao verdadeiro caos."