Gabriel Monteiro é transferido de delegacia para presídio de Benfica
O vereador cassado Gabriel Monteiro (PL-RJ) foi transferido na manhã desta terça-feira (8) para o presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele se apresentou ontem a uma delegacia do bairro de Icaraí, depois de a 34ª Vara Criminal determinar prisão sem tempo estipulado para soltura, por suspeita de estupro.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, o ex-parlamentar teria apontado uma arma para uma mulher de 22 anos, com quem teria mantido relações sexuais não consensuais. Ele também teria tentado filmar o ato. A mulher afirma que Monteiro teria se recusado a usar preservativo, motivo pelo qual ela teria contraído HPV.
Segundo a denúncia, a mulher teria conhecido Gabriel Monteiro em uma boate, na Barra da Tijuca, e ido para a casa de um amigo do político, onde ela teria sido levada até um quarto. "O denunciado a empurrou de forma violenta sobre a cama e começo a ter relação sexual de forma violenta, mesmo sem preservativo, mesmo após os apelos da vítima para que não mantivesse relações sem camisinha", diz um trecho da denúncia.
"Verifica-se que o crime perpetrado pelo acusado causa enorme perplexidade na população geral e local, uma vez que, se solto, o sentimento de existência de máquina estatal a impedir o cometimento de tal delito fica extremamente prejudicado", diz o promotor Marcos Kac, da 1ª Promotoria de Investigação Penal.
Na segunda-feira (7), Gabriel Monteiro publicou um vídeo na sua conta no Instagram, em que diz que soube do mandado de prisão por meio de sua advogada.
"Respeito as autoridades, por isso estou vindo aqui. Não fui conduzido pela polícia", afirmou no vídeo. "Assim que fiquei sabendo, vim imediatamente me entregar para à Justiça, que acredito nela. Sei que minha inocência vai ficar comprovada, não só tecnicamente, mas para todo o Brasil, de forma que fique incontestável qualquer acusação contra mim", completou.
Em agosto deste ano, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro cassou o mandato de Gabriel Monteiro por quebra de decoro parlamentar.
Gabriel Monteiro foi investigado no Conselho de Ética da Câmara por acusações de assédio sexual, por forjar vídeos para seu canal no YouTube e por filmar relações com uma adolescente de 15 anos, o que é crime previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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