Moraes libera perfis de mais 3 deputados que postaram mentiras sobre urnas
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, liberou as redes sociais de mais três deputados bolsonaristas que publicaram mentiras sobre as urnas eletrônicas após as eleições deste ano. A decisão de hoje é favorável a Coronel Tadeu (PL-SP), José Antonio dos Santos Medeiros (PL-MT) e Cabo Gilberto (PL-PB).
Ontem, Moraes já havia liberado os perfis dos deputados Vitor Hugo (PL-GO) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), e os eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO).
Nos dois casos, o ministro fixou uma multa diária de R$ 20 mil caso os parlamentares voltem a divulgar conteúdos falsos sobre o processo eleitoral.
As contas estavam suspensas porque os parlamentares compartilharam vídeos de um canal argentino com informações falsas sobre as urnas eletrônicas e eleição brasileira. A gravação foi assistida por mais de 400 mil pessoas, e foi amplamente divulgada entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ministro determinou remoção de vídeos de Zambelli. Além disso, Moraes determinou que o YouTube e o Instagram removam imediatamente publicações da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) contra a "integridade e a normalidade do processo eleitoral".
O magistrado também ressaltou que o perfil do marido da parlamentar, Coronel Aginaldo, está sendo usado para "postagens da deputada em descumprimento a decisão judicial". Desde 1º de novembro, as redes socais da deputada estão suspensas por determinação do TSE.
Nesta semana, o presidente do TSE também negou o pedido da defesa da deputada federal para reconsiderar a decisão que bloqueou as redes sociais da parlamentar bolsonarista e removeu o sigilo do processo.
A decisão, obtida pelo UOL, aponta que Zambelli fez a solicitação da reativação das contas, porém, "logo em seguida, fez vídeo com nítido interesse na ruptura do Estado Democrático de Direito". Em vídeo enviado à reportagem, a parlamentar diz que Moraes "conseguiu, praticamente, calar uma deputada".
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