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Pacheco diz que golpistas devem pagar por danos ao Senado

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atende a jornalistas - Waldemir Barreto/Agência Senado
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atende a jornalistas Imagem: Waldemir Barreto/Agência Senado

Do UOL, em Brasília

10/01/2023 11h38Atualizada em 10/01/2023 12h39

O presidente do Senado acrescentou que os invasores do Congresso serão identificados, um a um.

Incumbi à diretoria-geral de fazer levantamento pormenorizado de todos os custos, gastos em função da depredação. Não é justo que o povo brasileiro pague por essa conta, todo aquele que gera dano fica obrigado a repará-lo. Aquelas pessoas que aqui estiveram a praticar crimes no Senado já estão sendo identificadas, serão individualizadas" Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

Segundo o senador, a ideia é ajuizar ações contra os golpistas, incluindo bloqueio de ativos. "Não é justo que o povo brasileiro pague a conta de depredação praticada por criminosos. Eles deverão pagar essa conta. Tomaremos todas as providências para que aconteça."

Ele acrescentou que servidores que tenham sido omissos serão punidos. "Essa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro nem a vontade do povo brasileiro. Essa minoria golpista não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos. Essa minoria extremista será identificada, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos."

Democracia se faz com diálogo e tolerância, mas também com instituições fortes e com meios para sua defesa e preservação. E estejam certos: as instituições brasileiras são fortes"

Vistoria

Antes, Pacheco circulou pelo Senado pela primeira vez após os ataques terroristas às dependências do Congresso. Ele estava de férias na França e retornou ao Brasil ontem.

Ele pediu celeridade para o reparo dos danos, para que o prédio do Senado esteja em funcionamento pleno o mais breve possível.

O Senado vota o decreto de intervenção federal do Distrito Federal. O texto foi aprovado ontem pela Câmara em votação simbólica, ou seja, sem a necessidade de contar os votos. O consenso foi acordado durante reunião feita nesta tarde com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e todos os líderes partidários.

Apesar de o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, também ter participado do entendimento, decidiu liberar a bancada, assim como o Novo. O relator do decreto na Câmara foi o deputado petista Rubens Pereira Júnior (MA).

A medida foi assinada no domingo (8) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após manifestantes golpistas invadirem e depredarem os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).

Entenda como funciona o decreto:

  • A medida tem validade até 31 de janeiro
  • A União fica responsável por gerir a área de segurança pública do DF
  • Os órgãos de segurança pública do DF ficam sob responsabilidade de Ricardo Cappelli, número dois do Ministério da Justiça, comandado pelo ex-governador Flávio Dino (PSB)
  • O interventor é subordinado ao presidente Lula
  • A medida não tira o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo; ele está afastado por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes