Força Nacional protege Três Poderes, e Esplanada fica restrita após ameaças
A via de acesso à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, está fechada desde o final da manhã de hoje.
Um ato intitulado "Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder", articulado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está marcado para hoje.
Desde cedo havia viaturas da Força Nacional em frente ao Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Grades também protegem o local.
Por volta das 17h, a Força Nacional aumentou o efetivo presente na segurança dos prédios públicos. Ao menos seis ônibus de agentes nacionais estacionaram na praça.
Atualmente, o governo federal conta com 651 agentes da Força Nacional à disposição. Antes, eram apenas 130. O número aumentou diante do envio de agentes por outros estados brasileiros ao Distrito Federal.
Apenas autoridades estão autorizadas a entrar com veículos na Esplanada, segundo policiais militares que patrulham o local.
O Palácio do Planalto tinha integrantes do Exército Brasileiro como seguranças. Dezenas estavam posicionadas com escudos ao redor do prédio. No horário, ocorria a cerimônia de posse das ministras Sônia Guajajara (dos Povos Originários) e Anielle Franco (Igualdade Racial).
Havia um helicóptero e outros ônibus da Polícia Militar do DF que também foram estacionados no gramado em frente ao Congresso Nacional. Policiais da cavalaria rondavam a sede do Legislativo federal.
Ambulâncias e um caminhão do Corpo de Bombeiros completavam o aparato.
Nas vias laterais, agentes de trânsito do Detran faziam blitz para monitorar quem era autorizado a passar para a parte da via mais próxima à Praça dos Três Poderes.
Hoje, o governo federal prorrogou o uso da Força Nacional em Brasília diante da possibilidade de novos atos golpistas e pela necessidade de manter reforço na segurança nos dias seguintes ao recente episódio de invasão e depredação contra os prédios públicos.
A publicação da medida ocorre um dia depois de a AGU (Advocacia-Geral da União) dizer ao STF (Supremo Tribunal Federal) que vê "nova tentativa de ameaça ao Estado democrático de Direito".
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