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Eleição no Senado: Moro declara apoio ao bolsonarista Rogério Marinho

Ex-juiz Sergio Moro foi ministro de Bolsonaro e se elegeu senador pelo Paraná - Anderson Riedel/PR
Ex-juiz Sergio Moro foi ministro de Bolsonaro e se elegeu senador pelo Paraná Imagem: Anderson Riedel/PR

Do UOL, em São Paulo

31/01/2023 13h33Atualizada em 31/01/2023 15h46

Nas redes sociais, o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) declarou apoio à candidatura de Rogério Marinho (PL) para a presidência do Senado. A disputa é contra Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente da Casa. Eduardo Girão (Podemos) também concorre.

Meu voto será a favor da oposição firme ao governo do PT. Sou contra radicalismos e a favor de uma alternativa democrática para o país, com economia liberal, políticas sociais e o combate à corrupção.
Sergio Moro no Twitter

Marinho também recebeu apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro do Desenvolvimento Regional.

O grupo pró-Marinho atua contra o favoritismo de Pacheco e aposta em traidores nos cálculos parciais da disputa (já que o voto é secreto). Aliados de Pacheco acreditam que ele sairá vitorioso e com ampla margem de 55 votos —são necessários ao menos 41 votos.

Para integrantes do PL ouvidos pela colunista Juliana dal Piva, porém, Marinho está levando vantagem sobre Pacheco por conta dos 'votos silenciosos'. Os parlamentares destacam a atuação de Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, que atrairia senadores que não declararam publicamente seu apoio ou voto.

Para manter o mapa de apoios, Pacheco e aliados negociam a distribuição de cargos na Mesa Diretora e nas principais comissões. O UOL apurou como está desenhada, até o momento, a próxima cúpula do Senado. Mudanças, contudo, ainda podem ser feitas:

  • A primeira vice-presidência deve permanecer com o senador Veneziano Vital (MDB-PB);
  • A segunda vice-presidência deve ficar com o União Brasil, que indicaria a professora Dorinha (União-TO);
  • A primeira secretaria, conhecida como a "prefeitura" do Senado, deve ficar com o PT. É a cadeira que tem mais cargos para indicações

Atualmente, o PL tem a segunda vice-presidência, com o senador Romário (RJ). Se Pacheco vencer a disputa, o partido não deverá ocupar nenhum cargo na Mesa Diretora do Senado.

Pacheco ainda tem prometido montar um Conselho de Ética forte e atuante. Segundo fontes, a ideia seria montar algo similar ao que se viu da oposição durante a CPI da Covid.