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Banco do Brasil pede mais 30 dias para quebrar sigilo de ex-diretor da PRF

Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques prestou depoimento à CPMI do 8/1 no dia 20 de junho Imagem: Mateus Bonomi/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/07/2023 10h41

O Banco do Brasil pediu mais 30 dias para quebrar o sigilo bancário do ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques.

O que aconteceu?

O banco estatal argumenta que o prazo de cinco dias é insuficiente para reunir todas as informações solicitadas pela CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. Isso porque seria necessário consultar arquivos do sistema de compensação de pagamentos que, segundo o banco, levam mais tempo para serem confeccionados.

A extensão do prazo também foi solicitada para a quebra de sigilo de George Washington de Oliveira Sousa, preso por tentar explodir uma bomba perto do aeroporto de Brasília na véspera do Natal, no ano passado. Nos dois casos, o Banco do Brasil diz que está à disposição para prestar todas as informações possíveis para ajudar nas investigações.

O pedido de informações bancárias de Silvinei é dos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), enquanto as solicitações referentes a George Washington foram de autoria foram de Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, além dos senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Soraya Thronicke (União Brasil-MS).

Barroso pediu para CPMI explicar quebra de sigilo

Na última sexta-feira (14), o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou que a CPMI do 8 de janeiro explicasse em até 48 horas os pedidos de quebra de sigilo do ex-diretor-geral da PRF.

A determinação foi feita depois que a defesa de Silvinei acionou o STF para suspender a medida. A defesa alegou que as quebras "violam os seus direitos à imagem e à privacidade" dele.

A CPMI respondeu ao STF e disse haver indícios de que o ex-diretor da PRF participou de "fatos preparatórios" para os atos que destruíram a Praça dos Três Poderes. Segundo a comissão, ela ainda cogitou prender Vasques por falso de testemunho no depoimento dele, em 20 de junho.

Silvinei comandou a PRF durante a gestão Jair Bolsonaro (PL) e estava à frente da corporação durante as eleições do ano passado, quando há suspeitas de tentativa de interferência por parte da PRF.

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