Topo

Defesa mantém versão de que Lessa não participou de morte de Marielle

O policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco Imagem: Marcelo Theobald/Agência O Globo

Do UOL, em São Paulo

24/07/2023 18h34Atualizada em 25/07/2023 10h29

A defesa de Ronnie Lessa alega que ele assistia a um jogo do Flamengo contra o Emelec, do Equador, no momento da morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), em março de 2018. A versão dos advogados do ex-PM foi mantida mesmo após os novos desdobramentos do caso desta segunda (24).

O que aconteceu?

Lessa diz que estava em bar a mais de 20 quilômetros do local da execução no momento do crime. O ex-PM disse que estava no Resenha, estabelecimento que funcionava na Barra da Tijuca, na Zona Oeste carioca. Marielle foi morta no Estácio, perto da sede da Prefeitura do Rio, na região central da cidade. Essa versão de Lessa é sustentada desde 2019.

Advogado afirmou nunca ter conversado com Lessa sobre os pontos trazidos a público. Na delação feita por Élcio de Queiroz, o ex-PM disse que Marielle foi morta por uma submetralhadora MP5 que pertencia ao Bope, com tiros de Lessa. Além disso, relatou que Lessa lhe forneceu ajuda financeira em alguns momentos.

Nunca conversei com o Ronnie sobre os pontos que vieram a público hoje com a delação do Élcio. O Ronnie sempre disse que não participou do crime e que assistia a um jogo de futebol no bar Resenha, na Barra da Tijuca, no momento da execução da Marielle Bruno Castro, advogado de Lessa

Para a defesa de Lessa, silenciador não pode ser usado como evidência de envolvimento. Segundo o advogado, um mesmo modelo de silenciador é compatível com vários tipos de arma, o que inviabiliza a ligação feita por Élcio no depoimento. Na delação, o ex-PM diz não ter certeza se a arma usada no crime foi jogada no mar por ter visto Lessa manipulando um silenciador compatível com a submetralhadora. Élcio diz ainda que já viu Lessa montar silenciadores por conta própria.

PF faz nova prisão relacionada a caso Marielle

A PF deflagrou nesta manhã a operação Élpis, com um mandado de prisão preventiva e sete de busca e apreensão no Rio de Janeiro. A corporação ainda não confirmou os nomes dos outros alvos.

Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no Centro do Rio.

Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos, apontados como autores dos homicídios — o primeiro teria atirado nas vítimas, e o segundo dirigia o carro que emparelhou com o da vereadora. Eles ainda não foram julgados, mas passarão por júri popular, em data ainda a ser definida pela Justiça do Rio.

Ainda não há sinalização sobre quem foi o mandante do crime. O primeiro inquérito, que concluiu a participação de Lessa e Élcio, não conseguiu definir se eles agiram sozinhos ou a mando de alguém.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Defesa mantém versão de que Lessa não participou de morte de Marielle - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Política