Caso Marielle: Viúva diz que operação 'renova as esperanças' por respostas
A vereadora e viúva de Marielle Franco, Mônica Benício (PSOL), disse que a operação da Polícia Federal que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, "renova as esperanças" de respostas que ainda precisam ser esclarecidas sobre o crime.
O que aconteceu:
Para Mônica, foram renovadas as esperanças de resposta sobre quem são os mandantes e as motivações do assassinato de Marielle e o motorista dela, Anderson Gomes. No entanto, ela ressalta que somente isso "não basta".
Ao UOL, a viúva disse também que as notícias causam "um misto de emoção" na semana em que Marielle completaria 44 anos.
"A prisão do Maxwell hoje é um passo importante na responsabilização dos envolvidos, porque é importante que sejam responsabilizados todos aqueles que tiveram algum envolvimento com esse crime que abalou a democracia do nosso país", disse.
A gente segue com esperança, mas segue cobrando das autoridades que respondam quem mandou matar Marielle e o porquê. Espero que isso não demore mais tanto tempo quanto já esperado até aqui, passados mais de cinco anos para um crime tão bárbaro ser elucidado.
Mônica Benício
PF faz nova prisão relacionada a caso Marielle
A PF deflagrou na manhã desta segunda-feira (24) a operação Élpis, com um mandado de prisão preventiva e sete de busca e apreensão no Rio de Janeiro. O alvo preso foi Suel.
Após a operação, o ministro Flávio Dino disse que a prisão foi possível devido ao acordo de delação premiada de Élcio de Queiroz. Segundo o chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública, Queiróz assumiu que participou do assassinato de Marielle com Ronnie.
Suel teria participado de ações de "vigilância e acompanhamento" de Marielle antes do assassinato, e depois, ajudou a encobertar o crime, disse o ministro.
Caso Marielle
A vereadora do Rio Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no Centro do Rio.
Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos, apontados como autores dos homicídios — o primeiro teria atirado nas vítimas, e o segundo dirigia o carro que emparelhou com o da vereadora. Eles ainda não foram julgados, mas passarão por júri popular, em data ainda a ser definida pela Justiça do Rio.
Ainda não há sinalização sobre quem foi o mandante do crime. O primeiro inquérito, que concluiu a participação de Lessa e Queiroz, não conseguiu definir se eles agiram sozinhos ou a mando de alguém.
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