Ex-assessora de Marielle: 'É um crime político e não há nenhuma dúvida'
Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle Franco, disse que não há "dúvida" de que o assassinato da ex-vereadora do PSOL foi por motivo político.
O que aconteceu:
Fernanda, única sobrevivente do atentado contra Marielle e Anderson Gomes, afirmou que houve "uma tentativa de transformar esse crime, um crime político, sem dúvida, em uma coisa menor". A fala foi em entrevista à GloboNews.
A ex-assessora disse que aconteceu uma "mudança muito clara" desde quando "o governo Lula assumiu": "Na prática, as autoridades passaram a fazer um contato maior. Eu, como sobrevivente, passei a ser mais procurada".
Ela ainda afirmou que, agora, "há uma linha de investigação, o que não tinha, na verdade".
Fernanda ressaltou que o combate à milícia no Rio não era uma "bandeira" de Marielle. "Ela se mostrou contrária à verticalização de favelas. Ela, assim como toda a bancada do partido dela, se colocou contra porque o projeto fortaleceria a milícia nos locais", disse a ex-assessora.
O que houve antes foi uma tentativa de transformar esse crime, um crime político, sem dúvida, em uma coisa menor. Um apagamento da história da Marielle, mas todo um movimento de diminuição da importância de se elucidar esse crime."
Fernanda Chaves
Avanço no caso Marielle
A Polícia Federal avançou na prisão e investigação dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, após delação de Élcio de Queiroz.
Preso desde 2019, Élcio de Queiroz confessou participação no crime e apontou Ronnie como o autor dos disparos, disse o ministro Flávio Dino. Hoje, a PF deteve o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Sue.
Além de Suel, a polícia também cumpriu sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. Os demais nomes ainda não foram informados.
Os investigadores também descobriram provas mostrando o envolvimento de mais pessoas no planejamento do crime. A colunista do UOL Juliana Dal Piva apurou que os investigadores descobriram que Maxwell participou de campanas para o planejamento do assassinato da vereadora.
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