Lula recoloca no gabinete imagem de Cristo que foi alvo da Lava Jato
Colaboração para o UOL, em Salvador*
24/07/2023 14h14Atualizada em 24/07/2023 14h23
O Palácio do Planalto divulgou hoje fotos da imagem de Cristo crucificado que foi colocada de volta ao gabinete presidencial. A obra, talhada em madeira, acompanhou os dois primeiros mandatos do petista e chegou a ser alvo da Operação Lava Jato.
O que aconteceu
Nas fotos divulgadas pelo Planalto, Lula aparece em frente à imagem, observando o Cristo.
O Cristo crucificado também é destacado na foto compartilhada pelo Planalto sobre a visita do administrador da Nasa, o ex-senador Bill Nelson, e da embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley.
Lula mandou buscar a imagem no dia seguinte aos atos golpistas do dia 8 de janeiro. "Eu acho que o tempo que ele ficou guardado, a madeira foi perdendo cor", disse o presidente, ao receber a imagem no dia 9 daquele mês. "Tantos anos e eu descubro que estava no Museu da República. Então, eu mandei buscar e vou colocar ele aqui outra vez, onde ele sempre ficou me ajudando a governar esse País".
Cristo foi alvo da Lava Jato
A peça foi presente de José Alberto de Camargo, diretor da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que a comprou de Dom Mauro Morelli, então bispo de Duque de Caxias.
Frei Betto benzeu a peça e rezou um Pai Nosso logo após o Cristo crucificado ser acomodado na parede que ficava atrás da poltrona preferida por Lula, de couro vermelho.
Quando o Planalto foi reformado e o presidente passou a ocupar uma sala no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em 2009, a imagem também o acompanhou. Mas, ao retomar para o gabinete, em 2010, mudou de lugar: foi pendurado na parede que ficava atrás da mesa de Lula.
A imagem chegou a ser alvo da Operação Lava Jato, em 2016. A Polícia Federal encontrou o Cristo em um cofre do Banco do Brasil associado ao presidente. Então procurador do caso, Deltan Dallagnol acreditava ser uma estátua roubada pelo petista e de autoria de Aleijadinho, o famoso artista mineiro do século 18. Nenhuma das informações procedia.
*Com informações do Estadão Conteúdo