Preso, Ronnie Lessa ajudava financeiramente família de Élcio, diz MP
O Ministério Público do Rio de Janeiro disse que a família do ex-PM Élcio de Queiroz era mantida com a ajuda financeira de Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel. Os três têm envolvimento nos assassinatos da vereadora do Rio Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O que aconteceu
Élcio firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Ele é acusado de dirigir o carro usado no tiroteio contra Marielle e afirmou ter participado do crime. Outras informações dadas pelo ex-PM levaram à operação da PF quere prendeu Suel hoje.
Segundo o próprio colaborador, o Maxwell junto com Ronnie Lessa mantinham a família do Élcio enquanto preso, eles ajudavam financeiramente e ajudavam a pagar sua defesa no processo.
Eduardo Morais Martins, promotor do MP-RJ
Suel também deu ao menos três vezes R$ 500 para Élcio pagar a escola de seu filho. A informação foi dada pelo ex-PM durante a delação premiada.
O ex-PM afirmou que Lessa foi o autor dos tiros que mataram a vereadora. E Suel, que já havia sido preso em 2020, acusado de ter se desfeito do carro usado no crime e respondia ao inquérito em liberdade, foi detido novamente após a delação de Élcio.
Na delação premiada, Élcio detalhou o passo a passo do dia da morte de Marielle. Ele afirmou ter sido chamado por Lessa para participar do crime no mesmo dia em que o assassinato ocorreu. O contato, segundo a delação do ex-PM, ocorreu por meio de um aplicativo de mensagens.
Lessa descobriu o endereço de Marielle na internet dois dias antes do crime (12 de março de 2018) e depois ele faz uma pesquisa no Google de como chegar até o local, de acordo com a PF. Em seus depoimentos anteriores, o policial militar expulso havia informado que nunca tinha feitos buscas com o nome da vereadora.
Relembre o crime
Marielle seu motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros em 14 de março de 2018, no Centro do Rio. Uma assessora da vereadora que estava no mesmo veículo escapou com vida do atentado.
Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos, apontados como autores dos homicídios — o primeiro teria atirado nas vítimas, e o segundo dirigia o carro que emparelhou com o da vereadora. Eles ainda não foram julgados, mas passarão por júri popular, em data ainda a ser definida pela Justiça do Rio.
Ainda não há sinalização sobre quem foi o mandante do crime. O primeiro inquérito, que concluiu a participação de Lessa e Queiroz, não conseguiu definir se eles agiram sozinhos ou a mando de alguém.
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