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Gleisi critica inquérito sobre governo no 8/1: 'Negacionismo vestiu farda'

Gleisi Hoffmann, presidente do PT Imagem: REUTERS/Adriano Machado

Do UOL, em São Paulo

31/07/2023 17h19Atualizada em 31/07/2023 17h27

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o inquérito militar que livrou tropas e apontou erro do governo Lula nos ataques de 8 de janeiro. A Folha de São Paulo teve acesso ao relatório sigiloso.

O que aconteceu:

Gleisi questionou se o inquérito também considera os acampamentos em frente ao Exército em Brasília: "Dizem que faltou 'planejamento' para evitar os atentados, com oito dias de governo. Mas, nada falam sobre os acampamentos em Brasília, desde o fim das eleições, de onde partiram os terroristas", escreveu no Twitter.

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A apuração concluiu que um planejamento "adequado" no início do governo Lula (PT) teria evitado a invasão às sedes dos Três Poderes ou minimizado os estragos. O relatório foi finalizado em 2 de março e complementado no dia 14 daquele mês, segundo a reportagem da Folha.

A investigação responsabiliza a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que integra o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), sem mencionar o nome dos responsáveis. O inquérito cita, também, a sigla DSeg, do Departamento de Segurança Presidencial.

O negacionismo vestiu farda para encobrir suas próprias responsabilidades.
Gleisi Hoffmann

Inquérito livra tropas

O inquérito foi aberto para investigar os militares que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto e conclui que as tropas não tiveram culpa. Segundo o relatório, devido à falta de planejamento, as tropas em campo não tinham condições de reagir à investida golpista.

"Não foram encontrados indícios de crime militar ou crime comum na atuação das tropas", conclui. Conforme mostrou a Folha, o inquérito policial militar é uma investigação pré-processual elaborada pelos próprios militares para avaliar se há indícios de crime militar e quais os possíveis responsáveis.

O documento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Em fevereiro, o magistrado definiu que militares envolvidos nos atos golpistas serão processados e julgados pela Corte.

O ministro também autorizou um pedido da PF para abrir uma investigação sobre eventuais crimes cometidos por integrantes das Forças Armadas e das Polícias Militares nas manifestações antidemocráticas.

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