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Justiça do DF penhora carro de Leila do Vôlei por dívida com PSB

Senadora Leila Barros Imagem: Jane de Araújo/Agência Senado

Colaboração para o UOL, em Salvador

03/08/2023 15h39Atualizada em 03/08/2023 18h13

A Justiça do Distrito Federal determinou a penhora, em decisão assinada na terça-feira (1), de um carro da senadora Leila Barros (PDT-DF), conhecida como 'Leila do Vôlei', por uma dívida com o PSB, antiga sigla da parlamentar.

O que aconteceu

A juíza Jackeline Cordeiro de Oliveira, da 22ª Vara Cível de Brasília, determinou a penhora do Chevrolet Tracker da senadora, modelo 2015/2016. O veículo está avaliado no mercado em cerca de R$ 70 mil.

Com a decisão, a ex-jogadora de vôlei está impedida de transferir ou vender o carro, mas ainda pode circular com o veículo. Um oficial de Justiça será enviado para avaliar o bem penhorado.

A senadora já havia sido condenada a pagar o valor de R$ 102.481 mil ao PSB por não quitar a mensalidade exigida pela sigla aos filiados, como estabelece o estatuto do partido. O valor atualizado pelo IPCA de junho chega a cerca de R$ 118 mil.

Leila se elegeu senadora em 2018 pelo PSB, mas migrou para o Cidadania em 2021. Em março do ano passado, se filiou ao PDT para concorrer ao governo do Distrito Federal, mas foi derrotada na disputa.

Leila faz uma analogia para explicar como vê a situação, comparando o caso ao tempo em que "clubes eram "donos" dos atletas, que só poderiam ir para outro clube caso pagassem uma multa". Ela diz que saiu do PSB por razões políticas, não pessoais, e que o PDT, que preside, tem afinidades ideológicas com o partido. "Muita gente acredita que todo político tem muito dinheiro e carro de luxo, e hoje as pessoas puderam ver que eu possuo um automóvel comum, fabricado em 2015", destacou.

O que está em discussão - e a Justiça é quem decidirá - é se um partido político tem o direito de exigir parte dos salários de filiados que ocupam mandatos para os quais foram eleitos. Em 2022, o TSE considerou que essa cobrança pode ser feita, mas não pode haver punição para quem não aceitar essa contribuição compulsória. O estatuto do PSB é antigo, anterior a essa decisão, e não foi atualizado, o que gerou essa confusão.

Esses partidos [PSB e PDT] poderão, em um futuro próximo, estar juntos, em benefício da população do nosso Distrito Federal, que hoje tem um governo que não olha com o carinho devido para a situação das pessoas mais necessitadas. Eu espero que a justiça aprecie essa questão com a maior celeridade possível, dado que esse assunto não contribui em nada para a construção das políticas públicas que a nossa população tanto necessita.
Leila Barros, senadora

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