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Moraes nega pedido de liberdade de Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF

Do UOL, em Brasília

11/09/2023 17h42Atualizada em 12/09/2023 12h15

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. Segundo o UOL apurou, a recusa foi motivada por diligências pendentes na investigação.

Interferência nas eleições

A decisão foi proferida em segredo de Justiça na quarta-feira (6).

Silvinei foi preso preventivamente no dia 9 de agosto na Operação Constituição Cidadã, que mira suposto uso da máquina pública para interferir nas eleições de 2022.

Ao autorizar a operação contra o ex-diretor da PRF, Moraes afirmou que a conduta de Silvinei foi "gravíssima". O ministro citou que provas levadas pela PF mostram uma tentativa deliberada do ex-diretor da PRF para conduzir blitze na região Nordeste —reduto tradicionalmente de eleitores do presidente Lula (PT), durante o segundo turno do pleito.

Segundo o ministro, as provas colhidas até o momento demonstram um "direcionamento tendencioso de recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores".

Uma das provas levantadas pela PF foi um mapeamento de municípios onde Lula obteve mais de 75% dos votos no primeiro turno no celular da ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Marília Ferreira de Alencar. À época, a pasta estava sob o comando de Anderson Torres.

Além disso, a Polícia Federal disse a Moraes que havia risco de Silvinei interferir nas investigações caso continuasse solto.

Foram citados os casos envolvendo envolvendo Naralúcia Leite Dias, então chefe do Serviço de Análise de Inteligência da PRF, e Adiel Pereira Alcântara, então coordenador de Análise de Inteligência da PRF.

Segundo a PF, ambos "aparentemente faltaram com a verdade" ao depor, indicando a presença de "temor reverencial" em relação a Silvinei Vasques.

Além da prisão de Silvinei, Alexandre de Moraes autorizou busca e apreensão em endereços de dois ex-coordenadores gerais e quatro ex-diretores do órgão. Wendel Benevides Matos, ex-corregedor da PRF, foi um deles.

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