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CPI do 8/1: Mendonça autoriza ex-ajudante de Bolsonaro a faltar a audiência

Osmar Crivelatti está envolvido no esquema de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro Imagem: Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

18/09/2023 17h45Atualizada em 18/09/2023 18h18

O ministro do STF André Mendonça autorizou Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a faltar ao depoimento à CPMI dos ataques golpistas de 8 de janeiro marcado para amanhã.

O que aconteceu

Mendonça autorizou ausência dizendo que "o direito a não autoincriminação abrange a faculdade de comparecer ao ato". Para o ministro, embora Crivelatti tenha sido convocado como testemunha, ele pode ser considerado investigado por ter sido submetido a quebras de sigilo telemático, bancário, telefônico, bancário e fiscal.

O ex-ajudante de Bolsonaro também recebeu autorização para ficar calado, caso decida comparecer. Crivelatti também vai poder receber assistência de advogado durante o depoimento, não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade e não sofrer constrangimentos físicos ou morais.

Depoimento de Crivelatti está marcado para amanhã, com reunião prevista para começar às 9h. A audiência dele foi marcada no lugar do depoimento do general Walter Braga Netto, que teve sua oitiva cancelada.

Crivelatti está envolvido no caso das joias

O ex-assessor da presidência e atual membro da equipe pessoal de Bolsonaro está envolvido em uma troca de e-mails que mostram que o ex-presidente recebeu saco de 'pedras preciosas' e guardou em cofre.

O militar era braço direito do tenente-coronel Mauro Cid. Ele também foi o responsável por entregar à Polícia Federal as armas que Bolsonaro recebeu dos Emirados Árabes Unidos com o advogado Paulo Cunha, que representa Bolsonaro.

Desde janeiro Crivelatti atua como assessor do ex-presidente. O segundo-tenente do Exército recebe um salário de aproximadamente R$ 22,4 mil do governo federal. De acordo com o Portal da Transparência, são R$ 19.977,65 como militar e R$ 2.448,14 pelo cargo civil de assessor.

O assessor de Bolsonaro foi convocado a depor à PF em agosto, no mesmo dia e horário em que o ex-presidente, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras cinco pessoas envolvidas no escândalo das joias.

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