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Justiça vai apurar 'possíveis crimes' na gestão de verbas da Lava Jato

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que criará um grupo de trabalho para investigar movimentações financeiras da 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato.

O que aconteceu:

A sugestão partiu de um ofício do Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, explicou Dino.

Segundo Dino, o corregedor também sugeriu outras medidas, como adotar uma cooperação jurídica internacional. O ministro informou que enviará o relatório para análise da Polícia Federal.

Além de concordar com tal proposta, enviarei o relatório da Corregedoria Nacional para análise da Polícia Federal, no tocante a possíveis crimes perpetrados acercar da destinação dos recursos financeiros manuseados pela 'Lava Jato'.
Flávio Dino

O relatório elaborado pelo CNJ apontou um "possível conluio" no Judiciário para o repasse de R$ 2,5 bilhões a um fundo da operação Lava Jato, em 2019.

A Corregedoria aponta, ainda, uma ''gestão caótica" dos recursos arrecadados em acordos de delação e leniência, firmados entre 2015 e 2018, e homologados pelo então juiz Sergio Moro, hoje senador pelo União-PR.

O dinheiro foi pago à Petrobras pelas empreiteiras investigadas, mas a força-tarefa chegou a criar uma "fundação" para receber os recursos. O estabelecimento desse fundo acabou barrado pelo STF em janeiro de 2019, pouco depois de a força-tarefa anunciar que tinha desistido do arranjo.

Relatório aponta 'ações e omissões' da Lava Jato e da Justiça Federal

De acordo com o documento, o Judiciário não fiscalizou de maneira adequada o uso do dinheiro pago pelas construtoras.

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O ex-juiz federal criticou as conclusões do relatório. Segundo Sergio Moro, a Lava Jato firmou os acordos sob os mesmos critérios adotados pelo Supremo Tribunal Federal e nunca se apontaram irregularidades. Dallagnol, por sua vez, retiuitou a publicação de Moro.

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