Justiça vai apurar 'possíveis crimes' na gestão de verbas da Lava Jato
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que criará um grupo de trabalho para investigar movimentações financeiras da 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato.
O que aconteceu:
A sugestão partiu de um ofício do Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, explicou Dino.
Segundo Dino, o corregedor também sugeriu outras medidas, como adotar uma cooperação jurídica internacional. O ministro informou que enviará o relatório para análise da Polícia Federal.
Além de concordar com tal proposta, enviarei o relatório da Corregedoria Nacional para análise da Polícia Federal, no tocante a possíveis crimes perpetrados acercar da destinação dos recursos financeiros manuseados pela 'Lava Jato'.
Flávio Dino
Recebi ofício do Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, encaminhando relatório da investigação administrativa realizada sobre procedimentos de movimentação financeira na 13ª Vara Federal do Paraná, quando da "operação Lava Jato".
-- Flávio Dino (@FlavioDino) September 18, 2023
O Corregedor sugere a?
O relatório elaborado pelo CNJ apontou um "possível conluio" no Judiciário para o repasse de R$ 2,5 bilhões a um fundo da operação Lava Jato, em 2019.
A Corregedoria aponta, ainda, uma ''gestão caótica" dos recursos arrecadados em acordos de delação e leniência, firmados entre 2015 e 2018, e homologados pelo então juiz Sergio Moro, hoje senador pelo União-PR.
O dinheiro foi pago à Petrobras pelas empreiteiras investigadas, mas a força-tarefa chegou a criar uma "fundação" para receber os recursos. O estabelecimento desse fundo acabou barrado pelo STF em janeiro de 2019, pouco depois de a força-tarefa anunciar que tinha desistido do arranjo.
Relatório aponta 'ações e omissões' da Lava Jato e da Justiça Federal
De acordo com o documento, o Judiciário não fiscalizou de maneira adequada o uso do dinheiro pago pelas construtoras.
O ex-juiz federal criticou as conclusões do relatório. Segundo Sergio Moro, a Lava Jato firmou os acordos sob os mesmos critérios adotados pelo Supremo Tribunal Federal e nunca se apontaram irregularidades. Dallagnol, por sua vez, retiuitou a publicação de Moro.
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