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PF cassa porte de arma de Anderson Torres

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres depôs à CPI do 8 de Janeiro, em Brasília, no mês passado Imagem: Gabriela Biló /Folhapress

Do UOL, em São Paulo

25/09/2023 12h08

A PF (Polícia Federal) cassou o porte de armas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

O que aconteceu

Agentes da corporação estiveram na casa de Torres na última sexta-feira (22) para recolher os armamentos, apurou o UOL. A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-ministro. Em caso de manifestação, esse texto será atualizado.

O ex-ministro responde por suspeita de conivência e omissão com os atos de 8 de janeiro em Brasília (DF), quando ainda era secretário de Segurança Pública do DF. Por isso, ele ficou preso por quatro meses, entre janeiro e maio.

Ele enfrenta ainda um Processo Administrativo Disciplinar interno da PF, que apura ilegalidades cometidas por servidores públicos, além de cumprir uma série de medidas para responder em liberdade provisória. Torres é delegado da Polícia Federal.

Quais são as acusações contra Anderson Torres

Omissão e conivência nos ataques de 8 de janeiro: na época, Anderson Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Porém, no dia dos ataques, ele estava nos Estados Unidos. Ele é acusado de não ter preparado um esquema eficaz de segurança aos prédios públicos. Esse foi o motivo, inclusive, da prisão de Torres.

Bloqueios da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no 2º turno das eleições de 2022: no dia da eleição, agentes da PRF fizeram vários bloqueios em estradas do Nordeste, região em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha recebido mais votos que o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Torres, à época ministro da Justiça, é investigado por incitar a PRF a fazer esses bloqueios, mesmo com ordem contrária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE);

Minuta golpista: a Polícia Federal achou na casa de Anderson Torres uma minuta de um decreto presidencial que determinava a instauração de um estado de defesa para mudar o resultado da eleição. A medida daria poderes para Bolsonaro interferir no TSE. A medida é inconstitucional;

Em todos esses casos, a defesa de Anderson Torres nega qualquer irregularidade cometida pelo ex-ministro.

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