Conteúdo publicado há 9 meses

Caiado: Não dispensaria apoio de Bolsonaro, mas não disputo contra Tarcísio

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou hoje ao UOL Entrevista que ainda é cedo para dizer se vai concorrer à Presidência nas próximas eleições, mas que não dispensaria o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e não concorreria contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

O que ele disse

Caiado disse que não irá se antecipar, mas que está à disposição do partido. "Cometi essa falha em 1989, que foi ter invertido, suprimido etapas da minha vida política. Era o mais jovem candidato à Presidência da República, com 39 anos. Hoje é outra realidade, venho de um processo político de muitos anos", disse.

Isso não pode ser feito de forma tão antecipada, em 2023, quando ainda temos uma eleição no ano que vem para prefeituras.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás, sobre eventual candidatura à Presidência

"Não vamos capitalizar apoio de A ou de B em algo que está tão distante quanto 2026. Agora é uma decisão partidária, se for a decisão, me sinto em condições de me colocar perante ao partido", disse.

Governador goiano diz que não dispensaria apoio de Bolsonaro. "Quem é que nega apoio?", brincou. "O Bolsonaro, foram cassados seus direitos políticos até 2030 e sabemos que, ao não poder ser candidato, se torna um cabo eleitoral forte para qualquer campanha".

Caiado disse que sua relação com Tarcísio de Freitas é "pessoal", e que não competiria contra ele nas urnas. "Eu e Tarcísio temos uma convivência maravilhosa, tenho um carinho enorme, o pai dele foi meu eleitor em 1989", declarou. "Ele terá esse momento de avaliar [candidatura à Presidência], mas não serei disputa com Tarcísio nesse momento, tenho a melhor relação pessoal com ele. Meu relacionamento com Tarcísio não é político, é dentro de casa, eu chego e converso".

Caiado avalia governo Lula como 'regular'

Para ele, maior autonomia do Congresso enfraqueceu Executivo. "É uma situação diferente dos primeiros dois mandatos [de Lula], há um novo rito no Congresso Nacional, tem nova autonomia com as emendas impositivas", declarou. "Isso fragiliza a ação de qualquer Executivo".

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O governo tem momentos de altos e baixos, tem tido situação regular diante das dificuldades que vem tendo para ter base no Parlamento e enfrentar as situações colocadas para o Congresso avaliar sem terem sido colocadas pelo governo, mas pelo Supremo.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás

Governador disse não se arrepender de ter apoiado Bolsonaro

"Eu assumo as minhas posições, acho muito ruim as pessoas que fazem as coisas e depois ficam cheios de melindres", respondeu.

Quanto às investigações contra Bolsonaro, Caiado disse não poder opinar. "Ele é que tem que responder, é um assunto do CPF dele. Não cabe a mim responder nem aos problemas pessoais dele, nem aos do Lula ou de quem quer que seja", apontou.

Assista ao UOL Entrevista completo:

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