Moraes envia para PGR relatório da Polícia Federal sobre General Girão
Do UOL, em Brasília e em São Paulo
19/10/2023 21h05Atualizada em 19/10/2023 21h23
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) o relatório da Polícia Federal a respeito do deputado federal General Girão (PL-RN). A PF afirma ter encontrado indícios de que o parlamentar cometeu crimes ao estimular, pelas redes sociais, uma tentativa de golpe.
O que aconteceu
Cabe à PGR dizer se vai ou não denunciar o parlamentar.
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A PF diz que há "elementos suficientes" para a formação de convicção que Girão cometeu crimes, e por isso envia as conclusões para o Judiciário e o Ministério Público adotarem as medidas que considerarem necessárias.
Para a PF, a postura do deputado demonstra que ele reconheceu como "legítimo" o movimento que contestava o resultado das eleições e pedia a intervenção das Forças Armadas. "Estimulando as pessoas a permanecer concentradas em frente aos quartéis pressionando por essa intervenção", prosseguiu a PF.
Em depoimento, General Girão negou que suas publicações tenham tido intenções golpistas, e disse que apenas exprimia a sua opinião sobre os fatos como um parlamentar.
O que mais alega a PF
O inquérito contra o parlamentar foi instaurado em julho a pedido da PGR e da própria Polícia Federal.
Os agentes da PF analisaram publicações feitas por Girão para supostamente promover a animosidade das Forças Armadas contra os demais Poderes entre novembro de 2022 e janeiro de 2023.
Girão também esteve em um acampamento à frente do 16º Batalhão de Infantaria em Natal (RN), no dia 19 de dezembro do ano passado. O deputado disse aos manifestantes que Lula não poderia sequer disputar as eleições por ser "ficha suja" e fez críticas ao sistema eleitoral.