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Após apagão, Câmara de São Paulo aprova criação da CPI da Enel

Equipe da Enel na região de São Mateus, na zona leste de São Paulo; imóveis estão sem energia após temporal no último dia 3 Imagem: 7.nov.2023-Edi Souza Sousa/Ato Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

08/11/2023 16h09Atualizada em 08/11/2023 16h52

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou a criação da CPI da Enel, empresa responsável pela distribuição de energia na capital paulista.

O que aconteceu

A aprovação ocorre após bairros da cidade de São Paulo sofrerem um apagão com o temporal da última sexta-feira (3). Os vereadores decidem agora a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito — oposição e situação discutem sobre quem deve ser o relator.

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O pedido da CPI foi feito pelo líder da bancada do PSDB, João Jorge, que será o presidente. A comissão quer investigar os serviços prestados pela Enel e cobrar ressarcimento dos prejuízos sofridos por moradores e empreendedores desde sexta-feira. Ao menos três pedidos de CPI foram realizados na Câmara municipal.

A instalação da CPI está marcada para amanhã (9), às 13h. A oposição criticou o fato de um vereador da base do prefeito Ricardo Nunes (MDB) presidir a comissão.

A comissão tem um prazo inicial de 120 dias para apresentar o relatório final. Além do líder da bancada do PSDB, os vereadores Elaine do Quilombo Periférico (PSOL), Jorge Wilson (Republicanos), Milton Ferreira (Podemos), Ricardo Teixeira (União), Senival Moura (PT) e Thammy Miranda (PL) vão integrar a CPI.

Na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), uma CPI já investiga o serviço da empresa desde o primeiro semestre. Nesta semana, a comissão aprovou convocar o presidente da Enel em São Paulo.

A Enel não cumpriu com o prazo para normalização da luz no estado paulista. Inicialmente, a empresa afirmou que o reestabelecimento aconteceria até terça-feira. Hoje, entretanto, mais de 11 mil imóveis continuam sem energia.

Enel de SP culpou árvores

O presidente da Enel em São Paulo, Max Lins, afirmou que 95% das ocorrências de falta de energia ocorreram devido às quedas de árvores nas cidades em que a empresa atua.

Lins disse ainda que as rajadas de ventos de mais de 100 km/h não foram previstas pelos institutos de meteorologia. O UOL verificou, entretanto, que na sexta-feira o site do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) dizia, pela manhã, que havia previsão de chuva moderada a forte à tarde, com raios e ventos de rajada, que poderiam "superar os 70km/h".

Mais cedo, a Prefeitura de São Paulo afirmou que iria entrar com uma ação civil pública contra a Enel pelo descumprimento do acordo. A gestão municipal disse também que irá notificar o Procon e a Aneel para que as medidas necessárias sejam tomadas.

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