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Ministro chama Bolsonaro de 'chupim' e exalta repatriação de brasileiros

Paulo Pimenta acusou Bolsonaro de tentar se aproveitar da operação de resgate em Gaza Imagem: Reprodução/X/@Pimenta13Br

Do UOL, em São Paulo

10/11/2023 19h41Atualizada em 10/11/2023 20h00

O ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de tentar tirar vantagem do trabalho de repatriação dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza.

O que aconteceu:

Em vídeo publicado nas redes sociais, o ministro chamou Bolsonaro de "chupim" e "parasita".

Montamos a maior operação de repatriação do mundo, conseguimos trazer mais de 1.450 brasileiros que estavam em Israel. (...) E agora, quando está tudo pronto para que a gente possa comemorar a chegada dos brasileiros em segurança, o chupim quer aparecer para tirar vantagem de algo que não fez. É vergonhoso, é lamentável. A que nível chega o oportunismo desta figura parasita que envergonha o Brasil.
Paulo Pimenta, chefe da Secom

Encontro com embaixador

Ex-presidente se reuniu com embaixador de Israel no Brasil. Bolsonaro esteve com Daniel Zohar Zonshine e parlamentares na última terça-feira (7), na Câmara dos Deputados. No encontro, segundo publicação do ex-presidente nas redes sociais, foi exibido um filme sobre as "atrocidades do Hamas".

Apoiadores do governo Lula (PT) criticaram o encontro. A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o Brasil é um pais soberano e acusou Zonshine de se "intrometer indevidamente na política interna". Posteriormente, em nota, a Embaixada de Israel informou que Bolsonaro não havia sido convidado para a reunião.

Embaixada nega convite a Bolsonaro. A Embaixada de Israel no Brasil afirmou que convidou "apenas parlamentares para o encontro". "A presença do ex-presidente não foi coordenada pela Embaixada de Israel e não era conhecimento antes do evento, ocorrendo de forma fortuita", diz nota publicada nas redes sociais.

Para especialista, embaixador caiu em "armadilha", mas não é "vítima". "A pergunta que a gente tem que fazer é: como o embaixador entrou nessa armadilha?", disse ao UOL News o professor Michel Gherman, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). "Eu disse 'armadilha', mas não disse 'vítima'; disse 'inépcia', 'incapacidade', 'falta de competência', 'falta de leitura diplomática' e, talvez, interesses políticos" (assista abaixo).

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