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Gleisi Hoffmann critica embaixador de Israel e defende soberania do Brasil

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o Brasil é um pais soberano ao criticar o embaixador de Israel no país, Daniel Zonshine, por ter se reunido com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na quarta-feira (8).

O que aconteceu:

Gleisi acusou Daniel de se "intrometer indevidamente na política interna" do Brasil ao realizar um ato público com Bolsonaro no Congresso Nacional. A petista ressaltou que a soberania brasileira é "inquestionável" e que a "subserviência" do país a outras nações chegou ao fim com o mandato de Bolsonaro.

O Brasil não admite que questionem nossa soberania. Esta é a lição que o embaixador de Israel não entendeu. O tempo da subserviência acabou junto com o mandato de Jair Bolsonaro, que prestava continência para a bandeira dos Estados Unidos e fez do Brasil um pária entre as nações.

— Gleisi Hoffmann, sobre o evento do embaixador israelense

Ao citar a guerra entre Israel e o Hamas, a deputada afirmou ser "totalmente condenável a manipulação que fazem de um conflito em que a atuação da diplomacia do Brasil, orientada pelo presidente Lula, atuou desde o início pela construção de uma solução pacífica".

Hoffmann também chamou de "espúria e repugnante a aliança" entre Bolsonaro e o embaixador israelense, e ressaltou que isso implica na "segurança e a vida de cidadãos brasileiros mantidos sob o cerco e ameaça no massacre militar na região da Faixa de Gaza".

Desde o início da guerra, 34 brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardam para serem repatriados, mas ainda não receberam autorização para atravessar a fronteira entre a Palestina e o Egito, onde um avião do Brasil aguarda. Em entrevista ao UOL News, nesta quinta-feira (9), Daniel Zonshine disse "não saber" porque o brasileiros têm sido deixados de fora da lista para saírem de Gaza.

Ao UOL News, Zonshine também negou que a reunião com Jair Bolsonaro tenha sido feita para "atacar" o governo Lula. "Não era intenção fazer um ataque político contra o governo [...] Não convidamos ninguém para atacar ninguém, convidamos parlamentares com uma intenção bem clara. A intenção não era se tornar um evento político".

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Encontro

Na reunião, segundo publicação de Bolsonaro nas redes sociais, foi exibido um "filme sobre as atrocidades do Hamas" no dia dos primeiros ataques a Israel, em 7 de outubro.

Outros detalhes do encontro não foram divulgados. O ex-presidente divulgou um vídeo curto da reunião nas redes sociais, e parlamentares publicaram imagens.

O ex-presidente Jair Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por partilharem de posições político e ideológicas alinhadas à extrema-direita.

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