País voltou a ser governado por alguém que tem 'vergonha na cara', diz Lula
Do UOL, em São Paulo
21/11/2023 19h32Atualizada em 22/11/2023 03h21
O presidente Lula (PT) declarou hoje que o país voltou a ser governado por alguém que tem "vergonha na cara" e que trata os diferentes como iguais. A fala ocorreu em cerimônia que reforça a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
O que aconteceu:
Em 10 meses de governo, Lula disse que precisou fazer com que o país passasse por um processo de reconstrução, citando um "furacão do mal" que destruiu, em poucos meses, aquilo que o governo demorou anos para construir. "É como uma guerra", acrescentou.
No evento, o Governo Federal, por meio do MEC, anunciou que disponibilizará mais de R$ 3 bilhões em diferentes ações para ampliar acesso, permanência, participação e aprendizagem de estudantes no âmbito de escolas comuns. O valor também será repassado para a formação inicial e continuada de educadores.
No discurso, Lula destacou que há pessoas que não estão felizes com o anúncio do governo para educação inclusiva e criticou o homeschooling (ensino doméstico). "Tem muita gente que nem acha que deveríamos fazer isso. Tem muita gente que acha que as crianças nem deveriam ir para a escola e a educação deveria ser dentro de casa. Como se todo mundo fosse rico para pagar os bons mestres e doutores para dar aula e como se o Estado fosse imprestável".
O chefe do Executivo disse que a iniciativa lançada hoje representa dizer para a sociedade que o país será consertado. "As pessoas vão ser tratadas do jeito que elas são, mas com carinho e o amor que elas merecem. E não haverá por parte do governo, vai haver investimento porque é obrigação do Estado". Ele ainda agradeceu pela iniciativa ao ministro do MEC (Ministério da Educação), Camilo Santana, que também estava no evento, pela iniciativa.
Emocionado, o petista ainda declarou quis voltar a disputar uma eleição presidencial para poder provar ao Brasil que "governar mesmo é cuidar de pessoas".
Por fim, ele afirmou que o país não deixará de atender a população, independentemente de quem seja, visando a construção de um lugar mais justo. O petista comentou que, em 78 anos de vida, nunca viu "tantas pessoas nervosas, querendo ser melhor do que as outras" e brigando por motivos fúteis, e desejou que os seres humanos se ajudem mutuamente.
Não queremos uma sociedade de perfeitos, queremos uma sociedade de seres humanos, com coração, alma, sentimento, solidariedade e, sobretudo, sentimento de humanismo. Nós não queremos ser máquinas, algoritmos, queremos chorar, abraçar, beijar e nós queremos tratar de quem precisa dos outros. (...) Obrigado, meu Deus, por nos transformar em iguais. Todos merecem ser tratados com as suas diferenças em igualdade de condições.
Presidente Lula, em evento