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Oposição leva familiares de reféns ao Senado, e Lula é quem sai na foto

Lula com familiares de brasileiro-israelense que segue como refém do Hamas Imagem: Ricardo Stuckert/Divulgação

Do UOL, em Brasília

11/12/2023 20h50Atualizada em 11/12/2023 21h15

Uma sessão especial realizada hoje no Senado transformou-se numa disputa entre oposição e governo pela simpatia de familiares de reféns do Hamas.

O que aconteceu

A sessão com os familiares foi pedida por Jorge Seiff (PL/SC) e outros 26 senadores de oposição — entre eles, Sergio Moro (União/PR), Flávio Bolsonaro (PL/RJ), Hamilton Mourão (Republicanos/RS) e Damares Alves (Republicanos/DF). A sessão começou seis horas após o avião da Força Aérea Brasileira ter desembarcado em Brasília com um grupo de 48 brasileiros retirados de Gaza.

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"Ficamos muito tocados ao ouvir o relato", disse Moro. Mary Shohat e Hen Maluf Nisenbaum — respectivamente, irmã e filha de Michel Nisenbaum, único brasileiro-israelense ainda em poder do Hamas — descreveram, emocionadas, o sofrimento da família e foram cumprimentadas pelos senadores.

Mas foi Lula quem saiu na foto. No começo da noite, o presidente postou um registro do encontro com as familiares nas redes sociais. Na imagem, os três seguram uma foto de Michel, cercados por flores e iluminados pela luz natural que vem da janela.

Os senadores fizeram críticas à posição de Lula mediante o conflito. Na presença do presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil), Claudio Lottenberg, e do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar, cobraram do governo o reconhecimento do Hamas como "grupo terrorista" e "gangue", nas palavras de Sergio Moro.

"O governo brasileiro distribui afagos ao terrorismo", discursou o senador Marcos Rogério (PL/RO). O bolsonarista chamou Lula de "sociopata" e disse que faltava "equilíbrio" e "discernimento" ao presidente. Moro afirmou que "o Brasil não tem presença estratégica no Oriente Médio".

Apesar do clima hostil, o líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT/BA), pediu a palavra durante a sessão. Ele anunciou que, ao fim do evento, Lula receberia Mary Shohat e Hen Maluf Nisenbaum em seu gabinete.

Minutos depois, a imagem estava nas redes sociais — exceto dos senadores responsáveis pela sessão. No X (antigo Twitter), Moro reproduziu uma imagem da mesa do Senado, sem nenhum parente de refém presente.

Senador Magno Malta (PL-ES) usa camiseta com a Estrela de Davi, presente na bandeira de Israel, ao discursar na tribuna Imagem: Roque de Sá/Agência Senado

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