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'Covardia é prática de Bolsonaro, que se exime de tudo', diz Omar Aziz

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/03/2024 13h40

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adota a covardia como prática ao se eximir da culpa e passá-la para outras pessoas, afirmou o senador Omar Aziz (PSD-AM). No UOL News da manhã de hoje (18), Aziz comentou a fala de Lula, que se chamou o ex-presidente de "covardão".

Houve, sim, uma tentativa de golpe. É uma covardia. É uma prática dele. Ele se exime de tudo e joga a culpa para terceiros.

Não foi ele que levou as joias, não foi ele que mandou vender as joias, não foi ele que recebeu presente e tentou entrar escondido, não foi ele que falou isso ou aquilo e ele nunca participou de rachadinha. Ele está acima do bem e do mal e muitas pessoas acreditam.

Militares precisam ser punidos por omissão, diz Aziz

Aziz avalia que deveria ter tido uma ordem do alto comando para que manifestantes saíssem da frente dos quartéis, onde se concentraram após a derrota de Bolsonaro no segundo turno das eleições.

Todos os comandos tinham gente acampada durante meses. O general do Comando Militar da Amazônia permitiu que as pessoas defecassem e urinassem frente ao Comando Militar [...] Deixaram acontecer isso. Em Brasília, a mesma coisa.

Naquele momento, o comandante do Exército tinha que ter falado para seus comandados: 'Para com essa brincadeira. Não vai ter golpe, não. Pode mandar desocupar'. Se o seu carro furar o pneu na frente do Comando Militar e você estacionar na frente da calçada, eles mandam você empurrar o carro e tirar da frente. Eles não permitem que ninguém estacione em frente ao Comando Militar.

Alguma coisa [punição] tem que ser feita para servir de exemplo. Veja bem, quem podia dar ordem para os comandantes? O comandante do Exército. Eles estavam acampando em frente aos comandos do Exército Brasil afora.

Aziz: Lula errou na transição por faltar relação próxima com Forças Armadas

O senador criticou o processo de transição do governo e afirmou que Lula e sua equipe deveriam ter reforçado o diálogo com as Forças Armadas antes da posse.

Acho que poderíamos ter evitado o 8/1. Faltou uma coisa na transição: uma relação mais próxima com as Forças Armadas. Tinha que ter sido uma relação melhor. Você não pode pegar e colocar todo mundo no mesmo vaso. Tem muita gente boa e honesta trabalhando no Exército, Marinha e Aeronáutica.

Com essa transição que tivemos do final de outubro até o início de janeiro, houve um erro do governo eleito. Ali, era para gente sentar e conversar.

A percepção nossa, que apoiamos o presidente Lula em sua eleição, era de que nessa transição devia ter uma aproximação com aquelas pessoas que estavam com vontade de manter uma democracia no país.

Aziz: Gonet não vai se omitir sobre CPI da Covid

O senador comentou a possibilidade do procurador-geral da República, Paulo Gonet, reabrir o caso que investiga as eventuais omissões de Bolsonaro durante a pandemia da covid.

Tenho certeza que ele não vai se omitir em relação a investigar. Não estamos condenando ninguém previamente, quem tem que fazer a condenação é a Justiça. O que estamos pedindo é que as investigações sejam feitas e aprofundadas.

Não estamos pedindo para condenar A ou B, queremos que se aprofunde [a investigação].

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa:

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