Sistema sacrificará Moraes, diz Allan dos Santos após ser liberado por Musk
Do UOL, São Paulo
10/04/2024 09h53
O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos participou de uma live e disse que o ministro do STF Alexandre de Moraes será ''sacrificado''. Ele teve o acesso às redes liberado pelo dono do X, Elon Musk.
O que aconteceu
Foragido da Justiça, Allan afirmou que "Moraes será sacrificado pelo próprio sistema". A fala ocorreu durante uma transmissão ao vivo no X (antigo Twitter), promovida pelo perfil Space Liberdade, na noite de ontem.
''Até esquerdistas concordariam comigo se não estivessem sendo gravados. É preferível 'chutar Alexandre' do Judiciário e apaziguar a situação com os apoiadores de Bolsonaro'', disse.
O blogueiro teve o perfil liberado por Musk, mesmo após decisão do STF que o baniu das redes sociais em 2021. A transmissão tinha como objetivo discutir sobre o embate entre Moraes e o bilionário Musk dos últimos dias.
Allan dos Santos opinou que é arriscado para a imagem do PT "trazer essa briga inteira para si". ''É óbvio que é especulação pura da minha parte, eu estou aqui fazendo uma análise política''.
Questionado, ele ainda disse não acreditar que Moraes irá ceder em suas decisões envolvendo Musk e o X. ''Moraes não vai dar nenhum passo para trás porque ele é psicopata, e isso não é nenhuma piada, nada''. Apesar disso, afirmou que ''não há como Alexandre e Lula saírem vitoriosos dessa''.
No domingo (7) ele já havia participado de outra live. A transmissão tinha o título "Guerra de Informação".
Banido das redes sociais
Fora do Brasil, o bolsonarista burla sucessivamente a proibição do STF com criação de novos perfis. Recentemente, ele criou a 40ª conta no Instagram, e até uma conta na rede social OnlyFans - plataforma para produtores de conteúdo adulto. O valor para acessar os conteúdos era de $ 4,75 (cerca de R$ 23,60) por mês. No final de março, porém, Santos informou que foi "banido do OnlyFans".
Em outubro de 2021, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva de Allan dos Santos. Ele era investigado pela Polícia Federal no caso das milícias digitais, aberto para desmontar um grupo organizado que atenta contra a democracia.