Oposição: reajuste de 57% no salário da presidente do BB é 'inadmissível'

Parlamentares de oposição criticaram a possibilidade de a presidente do Banco do Brasil receber um aumento salarial de 57%. A proposta será votada na próxima sexta na Assembleia Geral de Acionistas. Se for aprovada, Tarciana Medeiros passará a ganhar R$ 117 mil mensais.

O que aconteceu

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) ironizou os juros cobrados dos clientes e a destinação dos lucros do Banco do Brasil. Presidente do PP, ele escreveu no X que aposentados e pensionistas pagam caro por empréstimos consignados enquanto a presidente da instituição recebe R$ 4 milhões por ano (valor caso o reajuste seja aprovado e incluindo bônus e participações em conselhos).

Ciro cutucou o PT. Ele escreveu que "pra companheirada tudo!". A oposição critica o governo Lula (PT) pelo que considera descontrole nos gastos. O senador foi ministro chefe da Casa-Civil no governo Jair Bolsonaro (PL).

O UOL revelou no domingo que a presidente do Banco do Brasil e sua diretoria podem ter aumentos substanciais de salário. A proposta foi aprovada pelo conselho de administração, que tem cinco dos oito integrantes ligados à presidente, segundo a colunista Andreza Matais.

O último passo para o reajuste valer é ser aprovado pelos acionistas na próxima sexta. A justificativa para o aumento de R$ 74.972 para R$ 117.470 é que os salários estão "defasados" e é necessário ter "remuneração justa frente às responsabilidades do cargo".

O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que no governo Lula não faltam recursos para viagens internacionais e subida dos próprios salários. Ele chamou o aumento de "inadmissível" e uma maneira de "torrar dinheiro público".

O senador Cleitinho (Republicanos-MG) falou em "falta de consciência e falta de respeito com o povo". Ele classifica o aumento como exemplo de irresponsabilidade com o dinheiro público e promete tentar barrá-lo.

Já o deputado Cabo Gilberto (PL-PB) declarou que vai falar contra o reajuste nas redes e em plenário. O parlamentar classificou a possibilidade de aumento de 57% como "uma vergonha" e disse que o Brasil está sangrando.

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