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Lula não vai à Marcha para Jesus, mas elogia: 'Evento abençoado'

Lula em evento com evangélicos durante a campanha de 2022 Imagem: RICARDO STUCKERT

Do UOL, em São Paulo

30/05/2024 15h30Atualizada em 30/05/2024 15h59

Apesar de não ter comparecido à Marcha para Jesus em São Paulo, o presidente Lula (PT) enviou uma mensagem para os participantes. Ele foi representado pelo ministro Jorge Messias, da AGU (Advocacia-Geral da União).

O que aconteceu

Na carta, ele disse tentou fazer uma ligação entre os objetivos do seu governo ao das igrejas. "Temos o compromisso profundo, com todos os brasileiros, de construir um país mais justo e inclusivo. As ações do meu governo são desenvolvidas a partir dessa premissa e buscam promover uma vida digna à família brasileira. E a Igreja desempenha um papel vital nesse compromisso", disse.

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O petista tem tentado se aproximar dos evangélicos desde a campanha. Grupo onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu com folga, os protestantes —representados pelo Congresso pela Bancada da Bíblia— geralmente se opõem às iniciativas de governo consideradas mais progressistas.

Apesar disso, ele nunca foi ao evento. Bolsonaro, por sua vez, foi o primeiro presidente a ir ao ato no exercício do cargo. Representante de Lula, Messias foi chamado de "servo de Deus" e "nosso ministro" pelo pastor Hernandes. Ele orou com as mãos erguidas ao lado do pastor, um dos organizadores da marcha.

Lula se disse honrado com o convite. "Quero expressar meu respeito e meu reconhecimento pela realização de mais uma edição deste evento, que reúne milhares de fiéis em um momento de fé, unidade e oração".

O petista lembrou ainda que foi responsável por sancionar a Lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Evento virou data oficial em 2009, no segundo mandato do petista.

Tenho certeza de que a Marcha para Jesus de 2024 será, como nos anos anteriores, um evento abençoado, que renovará a esperança e a fé de todos os participantes.
Mensagem enviada por Lula e lida pelo ministro da AGU

Palanque político

Como de costume, a marcha teve a presença de políticos e autoridades. Do prefeito paulistano, que busca a reeleição, ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), cotado para concorrer à presidência em 2026, e um ministro do governo Lula (PT). O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também é esperado.

O prefeito de São Paulo subiu no trio elétrico. Nunes foi acompanhado da mulher dele, Regina, e ganhou um pedido de oração do pastor Estevam Hernandes, organizador do evento. Os deputados Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), também pré-candidatos à prefeitura, não deverão comparecer.

Nunes discursou brevemente e puxou uma oração. "Eu amo Jesus Cristo", disse, após ser chamado ao microfone por Hernandes. Católico, o prefeito compunha a chamada Bancada de Cristo na Câmara Municipal de São Paulo quando vereador.

Presença institucional e corrida eleitoral. O prefeito está em um momento estratégico às vésperas da campanha oficial, aparecendo bem nas pesquisas eleitorais divulgadas nesta semana: empate técnico com o deputado psolista Guilherme Boulos, segundo o instituto Datafolha e a Paraná Pesquisas.

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