STF recebe lista de foragidos do 8/1 encaminhada por governo Milei
A chanceler da Argentina, Diana Mondino, encaminhou ao governo brasileiro uma lista com fugitivos investigados ou condenados pelos ataques de 8 de Janeiro.
O que aconteceu
A lista contém mais de 60 pessoas, segundo o UOL apurou. Estima-se que a quantidade de foragidos seja maior porque muitos entraram ilegalmente no país vizinho. Cerca de dez pessoas já teriam deixado a Argentina. Segundo fontes ouvidas pelo jornal argentino Clarín, a lista teria 86 nomes.
A relação foi entregue ontem (18) ao governo brasileiro e chegou hoje (19) ao gabinete o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, relator dos processos criminais.
O governo Lula (PT) já manifestou que vai entrar com pedidos de extradição para repatriar os foragidos envolvidos nos ataques golpistas.
Na semana passada, o STF enviou um ofício ao governo Javier Milei com uma lista de 143 condenados e investigados do 8 de Janeiro que quebraram a tornozeleira e fugiram. A Justiça queria saber quais deles realmente estavam na Argentina.
A informação prestada pelo governo Milei é uma resposta a esse questionamento. A lista não se baseia nas pessoas que pediram refúgio à Conare (Comissão Nacional para os Refugiados).
A Polícia Federal estima que 180 investigados —parte deles já condenada— fugiram para países como Argentina, Uruguai e Paraguai ou mesmo para o interior do Brasil. As fugas foram facilitadas por falhas no sistema de Justiça brasileiro e no controle de fronteiras, como mostrou o UOL.
O UOL apurou que, dentre os militantes investigados que fugiram para a Argentina, haveria ao menos 78 com pedidos de refúgio na Conare (Comissão Nacional para os Refugiados) do governo argentino. O jornal Clarín fala em cerca de cem pedidos. A Conare não informa estatísticas, alegando proteção de dados dos solicitante de refúgio.
Após reportagem do UOL sobre a fuga de militantes bolsonaristas envolvidos nos atos do 8 de Janeiro, o ministro Alexandre de Moraes expediu mais de 200 ordens de prisões até o dia 6 deste mês, quando a Polícia Federal realizou uma operação
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