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Sakamoto: Bolsonaro tem dificuldade de finalizar relação tóxica com Ramagem

O ex-presidente Jair Bolsonaro está encontrando dificuldade para finalizar "relação tóxica" com seu ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante participação no UOL News 2ª Edição desta quarta (17).

Integrantes do PL (Partido Liberal) estão tentando diminuir o impacto da divulgação do áudio da reunião entre Ramagem e Bolsonaro para blindar Flávio em 2020. Partido quer usar áudio divulgado por Moraes para turbinar elo entre Bolsonaro e Ramagem, seu candidato à Prefeitura do Rio, mostra reportagem da Folha.

Diante do óbvio, o que sobra para o entorno é falar que está tudo bem. As informações que chegaram até nós nos últimos tempos é que o [ex] presidente Jair Bolsonaro ficou possesso com o que aconteceu, para dizer o mínimo. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Mas foi convencido por pessoas do lado a não tomar nenhuma atitude por enquanto, porque isso poderia chancelar a denúncia e as informações que estão circulando de que ele realmente teria cometido crime. Só que Ramagem está com 7% nas intenções de voto no Rio de Janeiro. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Em suma, o que sobra na verdade é que Bolsonaro preferiria nesse momento o general Eduardo Pazuello, que foi seu ministro da Saúde, no lugar de Alexandre Ramagem, que foi seu diretor da Agência Brasileira de Inteligência. Na Abin, teve o escândalo da espionagem ilegal e, no caso do Pazuello, teve o escândalo de milhares e centenas de milhares de mortes por covid-19. Só que na balança das coisas, parece que o escândalo de espionagem acaba atingindo mais a relação de confiança de Ramagem com Bolsonaro. Enquanto no escândalo da covid-19, nós só temos mortos. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Sakamoto explicou que o Partido Liberal e o entorno de Bolsonaro estão usando a "tática do doido".

Tem a máxima de quando a vida nos entrega limões, a gente faz uma limonada. Mas neste caso, o limão é tão azedo que caso seja usado para consumo humano vai gerar indigestão nos envolvidos, infelizmente. O que acontece é o seguinte: o PL e o entorno do [ex] presidente Jair Bolsonaro estão tentando normalizar, minimizar, dizer que foi um tiro n'água, que foi fraco e não teve impacto. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Eles estão fazendo a chamada tática do doido: diante de uma coisa que é clara, ou seja, existe um claro cometimento ou indícios de cometimentos de crimes. E não só isso com relação aquela conversa, estamos falando de tudo, de espionagem, de usar a estrutura do Estado da Agência Brasileira de Inteligência, do Gabinete de Segurança Institucional para a defesa do filho do presidente da República, que por algum acaso é um senador da República. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

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