Kim pede indenização de R$ 80 mil por suposta espionagem da 'Abin paralela'

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) pediu que a Justiça condene a União a indenizá-lo em R$ 80 mil após a Polícia Federal afirmar que ele foi um dos alvos de espionagem da chamada "Abin paralela", no governo Jair Bolsonaro (PL).

O que aconteceu

Além da indenização, Kim quer saber detalhes sobre a espionagem. Na ação protocolada na Justiça Federal de São Paulo, o deputado pede todas as informações sobre ele obtidas pelos supostos espiões de Bolsonaro.

O deputado apoiou Bolsonaro em 2018, mas virou oposição ao longo do mandato. Ele e outras autoridades — como ministros do STF, servidores, parlamentares e jornalistas — foram citados pela Polícia Federal como alvos de espionagens por homens de confiança do ex-presidente.

O monitoramento teria sido feito por meio de um sistema comprado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) oficial. Segundo a PF, o sistema First Mile foi utilizado pelo então diretor da agência, Alexandre Ramagem, hoje deputado federal e pré-candidato do PL à prefeitura do Rio.

Bolsonaro com Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin
Bolsonaro com Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin Imagem: Reprodução Instagram

A ação da PF foi batizada de Última Milha. A Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão expedidos pelo Supremo no dia 11 de julho. Para a PF, uma organização criminosa foi criada para monitoramento ilegal de autoridades e a produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Abin.

Gera inegável dano moral o uso da estrutura de inteligência do Estado para captar ou forjar informações com o objetivo de denegrir a imagem do autor.
Trecho de ação protocolada por Kim

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