PSDB aponta discurso 'eleitoreiro' de Lula na TV e diz que vai à Justiça
Do UOL, em São Paulo
29/07/2024 08h58Atualizada em 29/07/2024 09h59
O PSDB diz que vai à Justiça contra o pronunciamento do presidente Lula (PT) em rede nacional de rádio e TV na noite deste domingo (28).
O que aconteceu
Partido diz que Lula usou espaço para "fazer propaganda". "O presidente usou desse expediente para fazer propaganda da divisão do país da qual ele é um dos protagonistas e espalhar dados eleitoreiros para subsidiar o discurso de seus candidatos a prefeito e vereador neste ano", disse o PSDB.
Para o PSDB, o discurso não trouxe "informação relevante" que justificasse fala à nação. "Por não ser justificável, o PSDB irá à Justiça contra o governo federal por uso indevido da convocação da rede nacional de rádio e TV", acrescentou o partido, em nota assinada pelo presidente do partido, Marconi Perillo.
Governo diz que fala de Lula foi "prestação de contas". "O pronunciamento foi uma prestação de contas do governo. Após sermos informados, o governo analisará a ação", disse a Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência, em nota enviada ao UOL.
Lula fez fala com ataques a Bolsonaro
Sem citar o ex-presidente, Lula disse que o Brasil "se reencontrou com a civilização". No discurso, o atual mandatário afirmou que o país passou por uma "enorme destruição", com corte de recursos para educação, saúde e meio ambiente.
Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. Deixaram a maior taxa de juros do planeta. A inflação disparou e atingiu 8,25%. Diziam defender a família. Mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas. Lula, em discurso em rede nacional de rádio e TV
Apesar das críticas, Lula frisou que é hora de falar em "reconstrução e futuro". O petista destacou números do governo, como o crescimento da economia, a geração de empregos e a retomada de programas sociais. Ele também mencionou a aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. A medida, segundo Lula, vai "descomplicar a economia" e baratear o preço de alimentos e produtos essenciais, como a carne.
Lula disse também que o "Brasil voltou ao mundo" ao citar o reposicionamento do país no cenário internacional. Ele lembrou que o Brasil vai sediar a reunião do G20 em novembro, além da COP-25 no ano que vem, em Belém. "Vamos colocar no centro do debate internacional a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Não podemos nos calar diante de um drama que afeta a vida de 733 milhões de homens, mulheres e crianças em todo o mundo. Para tornar o mundo mais justo, estamos levando para o G20 a proposta de taxação dos super-ricos, que já conta com a adesão de vários países."