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Em cadeia nacional, Lula reitera respeito fiscal e ataca governo Bolsonaro

Em cadeia nacional de rádio e TV, o presidente Lula (PT) reafirmou o compromisso com a responsabilidade fiscal, criticou o governo Bolsonaro e disse que o Brasil se "reencontrou com a civilização" O petista fez o pronunciamento na noite deste domingo (28).

O que aconteceu

Em meio a constante pressão de setores do mercado por corte de gastos, Lula prometeu que não vai "abrir mão da responsabilidade fiscal".

Queremos um Brasil que cresça para todas as famílias brasileiras. Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais.
Lula, em pronunciamento neste domingo

O presidente também afirmou que o Brasil "se reencontrou com a civilização". A declaração é uma crítica ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sem citar nominalmente a gestão anterior, Lula disse que o país passou por uma "enorme destruição", com corte de recursos para educação, saúde e meio ambiente. "Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. Deixaram a maior taxa de juros do planeta. A inflação disparou e atingiu 8,25%. Diziam defender a família. Mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas", criticou.

Apesar das críticas, Lula frisou que é hora de falar em "reconstrução e futuro". O petista destacou números do governo, como o crescimento da economia, a geração de empregos e a retomada de programas sociais. Ele também mencionou a aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. A medida, segundo Lula, vai "descomplicar a economia" e baratear o preço de alimentos e produtos essenciais, como a carne.

Lula disse também que o "Brasil voltou ao mundo" ao citar o reposicionamento do país no cenário internacional. Ele lembrou que o Brasil vai sediar a reunião do G20 em novembro, além da COP-25 no ano que vem, em Belém. "Vamos colocar no centro do debate internacional a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Não podemos nos calar diante de um drama que afeta a vida de 733 milhões de homens, mulheres e crianças em todo o mundo. Para tornar o mundo mais justo, estamos levando para o G20 a proposta de taxação dos super-ricos, que já conta com a adesão de vários países."

O pronunciamento marcou um ano e meio do governo Lula. Segundo o presidente, a fala foi uma forma de "prestar contas" à nação sobre o que foi feito neste período.

Apostavam que o crescimento do PIB não passaria de 0,8%, mas crescemos quase 3% no ano passado, e vamos continuar crescendo. O salário mínimo voltou a ter aumento acima da inflação. E quase 90% das categorias profissionais tiveram aumento real de salário. Aprovamos a igualdade salarial entre homens e mulheres. A inflação está sob controle e caindo. Mais de 2 milhões e 700 mil empregos foram criados e a taxa de desemprego é a menor em dez anos. Isentamos do Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos. Vinte e quatro milhões de pessoas ficaram livres do pesadelo da fome.

O Brasil voltou ao mundo, e o mundo agora vai passar pelo Brasil. Este é o resultado de uma diplomacia ativa e altiva: o mundo voltou a acreditar no Brasil, na capacidade do nosso povo e em nosso compromisso com a democracia.

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Para mim, governar é cuidar de milhões de famílias. É o que venho fazendo desde o início do meu governo. Hoje o que falta ao mundo é paz, solidariedade e humanismo. Estamos prontos para dar o exemplo de que aqui, no Brasil, a inclusão social, a fraternidade, o respeito e o amor são capazes de vencer o ódio. Boa sorte ao Brasil e ao povo brasileiro.

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