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SP contrata auditoria para empresas de ônibus suspeitas de ligação com PCC

Garagem da empresa de ônibus Transwolff, na zona sul de São Paulo Imagem: Renato S. Cerqueira/Ato Press/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

03/08/2024 09h57Atualizada em 03/08/2024 11h05

Quatro meses após a Justiça decretar intervenção em duas empresas de ônibus suspeitas de envolvimento com o PCC, a Prefeitura de São Paulo contratou uma auditoria para analisar as organizações.

O que aconteceu

Auditoria será feita pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini no valor de R$ 1,5 milhão. A contratação da auditoria foi publicada sexta-feira (2) no Diário Oficial.

Objetivo é "analisar os processos operacionais e de gestão" da Transwolff e UPBus, que operam linhas nas zonas sul e leste da cidade. A reportagem procurou a gestão de Ricardo Nunes (MDB) para saber o motivo da auditoria ocorrer quatro meses após a intervenção e quando o processo deve ser finalizado, porém a pergunta não foi respondida (veja posicionamento mais abaixo).

Desde abril, as empresas estão sob o comando de diretores da SPTrans. Valdemar Gomes de Melo, diretor de Planejamento de Transportes da SPTrans, ficou com a Transwolff. Wagner Chagas, diretor de operação da empresa municipal, foi escalado como interventor da UPBus.

Investigação do Ministério Público apontou que as empresas lavam dinheiro do tráfico de drogas, roubos e outros ilícitos. Empresários da Tranwswolff e da UPBus foram presos, na época, e mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Receita Federal identificou a utilização de diversos esquemas tributários para lavagem de dinheiro do crime organizado. Mesmo em anos em que registravam prejuízos, as empresas alvo da operação distribuíam ganhos milionários a seus sócios, segundo a Receita.

Um dia após a intervenção, Nunes elogiou a operação da empresa UPBus. O prefeito visitou a garagem da investigada, acompanhado de funcionários da SPTrans, e parabenizou o atendimento.

O que diz a Prefeitura de São Paulo

Objetivo é dar apoio ao trabalho das equipes dos comitês de intervenção nas duas empresas, afirma a Setram (Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana). "As empresas citadas seguem sob intervenção da gestão municipal, por deliberação da Justiça e determinação da Prefeitura. As equipes de intervenção também já realizam as análises do cumprimento dos contratos de concessão pelas operadoras sob intervenção, priorizando a manutenção da prestação de serviço de transporte público à população", declara, em nota enviada ao UOL.

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