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PPP das escolas: Tarcísio repete martelada na Bolsa e defende privatização

Do UOL, em São Paulo

29/10/2024 12h38Atualizada em 29/10/2024 13h44

O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) comemorou com uma nova martelada na Bolsa de Valores o primeiro leilão que passou para a iniciativa privada a construção e administração de 17 escolas do estado nesta terça-feira (29).

O que aconteceu

O consórcio Novas Escolas Oeste SP, formado pela Engeform e o fundo Kinea, venceu o leilão da parceria público-privada para escolas. O grupo sugeriu contraproposta mensal de R$ 11, 9 milhões, o menor lance apresentado. O contrato é de 25 anos.

Tarcísio disse que para bater o martelo é preciso "ter energia". Em março de 2023, ele quebrou o símbolo da Bolsa de Valores após o fim do leilão do trecho norte do Rodoanel.

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Em seu discurso, o governador defendeu as privatizações e afirmou que tem trabalhado para a "diminuição do tamanho do estado". O lote das escolas hoje inicia uma "maratona" de leilões que definem o avanço da iniciativa privada em diferentes áreas do governo.

Tarcísio classificou a decisão de passar a gestão administrativa das escolas como "moderna". "É interessante falar 'estão privatizando as escolas'. Privatizando o que se não existem, se elas [as escolas] vão ser construídas do zero", disse. É a primeira vez que o modelo chega às escolas estaduais paulistas — especialistas afirmam que o formato pode abrir espaço para a privatização completa das unidades de ensino.

Tarcísio conseguiu privatizar a Sabesp neste ano e tem sido criticado pelos problemas com a Enel no estado. Em 15 de outubro, ele disse que o que ocorreu com a concessionária de energia "não vai acontecer com a Sabesp". A Enel é uma das responsável pelos apagões na capital paulista e outros municípios.

Estudantes e o sindicato dos professores protestaram contra a privatização do lado de fora da Bolsa. Acesso ao local foi bloqueado aos manifestantes, que levaram cartazes com dizeres como "minha escola não está a venda" e "vender escola é vender estudantes".

Protesto contra o leilão do primeiro lote da parceria público-privada para escolas estaduais de São Paulo em frente ao prédio da B3 Imagem: BRUNO ESCOLASTICO/E.FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

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