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Autor de explosões foi ao banheiro da Câmara e saiu rapidamente

Do UOL, em Brasília.

14/11/2024 16h46

O homem que causou as explosões na praça dos Três Poderes, Francisco Wanderley Luiz, entrou no Anexo 4 da Câmara dos Deputados na quarta-feira (13) pela manhã. No prédio ficam a maior parte dos gabinetes dos parlamentares. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Casa.

O que aconteceu

Na noite do atentado, o chefe de segurança da Câmara informou aos parlamentares que Francisco teria circulado no local durante o dia. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, o autor dos atentados "esteve na manhã desta quarta no Anexo 4 da Câmara. Entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu", diz a nota.

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Câmara passou por varredura. Todos os locais por onde Francisco passou passaram por verificação e "nada foi encontrado", de acordo com a Casa.

A varredura na Casa, e adjacências, ocorreu durante toda a madrugada e na manhã desta quinta (14/11), inclusive com cães. Nenhuma bomba foi encontrada. Estão previstas outras varreduras como medida preventiva.
Trecho da nota enviada pela Câmara.

Casa funciona normalmente. Após as varreduras, o expediente da Câmara retornou às 12h. Não houve sessão no plenário, mas está em curso uma audiência pública realizada pela comissão de educação. No Senado, o expediente foi suspenso.

Entrada na Câmara é liberada para qualquer pessoa. Não há revistas para entrar nas dependências da Casa, funcionários e visitantes só precisam passar por um detector de metal.

Duas explosões aconteceram na praça dos Três Poderes. Um carro com placa de Santa Catarina pegou fogo no estacionamento do anexo 4 da Câmara. A suspeita é que Francisco provocou o incêndio para desviar a atenção e seguir para a praça dos Três Poderes com o objetivo de detonar os artefatos perto do Tribunal. A segunda explosão casou a morte do autor dos atentados.

A Câmara dos Deputados encerrou a sessão assim que a morte de Luiz foi confirmada. No Senado, os trabalhos seguiram até encerrar a votação do projeto das emendas parlamentares, quando também foi evacuado.

Em nota, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a situação "deve ser apurada com a urgência necessária para esclarecimento de todas as suas causas e circunstâncias". Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que "é momento de se aferir as circunstâncias e ter a cautela devida", afirmou na ocasião.

As investigações

Policiais do Distrito Federal e integrantes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) entraram em ação imediatamente. Eles fizeram varreduras em busca de outras bombas na praça dos Três Poderes e no entorno do Alvorada, residência oficial da Presidência, e fechou a Esplanada dos Ministérios. Os policiais do Comando de Operações Táticas da PF foram acionados, além de peritos e agentes do grupo antibombas.

A PF abriu um inquérito para apurar o que a Polícia Militar chamou de "autoextermínio com explosivo". A investigação deverá ser encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes caso exista conexão com a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e com a atuação de milícias digitais, assuntos sob sua alçada no STF.

Hoje, a PM do DF afirma que encontrou mais bombas na casa alugada por Luiz. Ele morava em uma casa alugada em Ceilândia.

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