Homem que morreu com explosivos no STF circulou hoje dentro do Congresso

O homem que morreu com a explosão de uma bomba em frente ao prédio do STF na noite desta quarta-feira (13) teria circulado durante o dia dentro na Câmara dos Deputados. A informação foi dada aos deputados pelo chefe de segurança da Casa.

O que aconteceu

O dono do carro encontrado no Planalto após as explosões é Francisco Wanderley Luiz. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, não citou o nome de Francisco, mas confirmou em coletiva nesta noite que o homem morto é o dono do carro. "É o nome que está circulando na imprensa", disse.

O catarinense de Rio do Sul foi candidato a vereador em 2020 pelo PL. À época, ele se candidatou com o nome Tiü França, recebeu 98 votos e não foi eleito.

O homem teria se movimentado pelo anexo 4 da Câmara, onde está a maioria dos gabinetes dos deputados. A entrada no prédio é liberada para qualquer pessoa. Os visitantes precisam passar por um detector de metal, mas não há revistas.

Duas explosões ocorreram na noite desta quarta em Brasília. Pessoas que estavam saindo do STF relataram ao UOL que o homem teria chegado ao lado da estátua da Justiça com explosivos no corpo e os ativado em frente ao prédio do Supremo.

A segunda explosão aconteceu próxima a Câmara dos Deputados. Em vídeos nas redes sociais, é possível ver um carro explodindo com fogos no estacionamento do anexo 4 da Câmara.

Após as explosões, a sessão na Câmara foi suspensa. Os deputados discutiam o texto que amplia a imunidade tributária para igrejas.

Episódio ocorre quase 2 anos após 8 de Janeiro

Atos antidemocráticos terminaram em confronto e depredação. Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcharam pelo Eixo Monumental e invadiram prédios públicos em Brasília.

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Congresso, Planalto e STF foram invadidos. As sedes dos poderes legislativo, executivo e judiciário foram alvos dos manifestantes, inconformados com a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.

Só na Câmara, danos chegaram a R$ 2,7 milhões. No Senado, o prejuízo foi maior: R$ 3,5 milhões. Já o STF teve R$ 12 milhões em danos e mais de 950 itens furtados.

Diante da situação, o presidente Lula (PT) decretou intervenção federal na Secretaria de Segurança do Distrito Federal. Até hoje, invasores de prédios públicos respondem a processos na Justiça por conta dos episódios.

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