Direita terá desafio para competir com Lula em 2026, diz CEO da Quaest
Do UOL, em São Paulo
12/12/2024 13h27
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está enfraquecido e a direita tem desafios pela frente para competir com Lula (PT) nas eleições de 2026, concluiu Felipe Nunes, CEO da Quaest, no UOL News, do Canal UOL, nesta quinta-feira (12).
A direita, que tem muitas opções de candidatura, ainda precisa se organizar para apresentar uma candidatura forte e competitiva diante de um governo que continua com capacidade de mobilização e de voto. Felipe Nunes, CEO da Quaest
A Quaest é a empresa de consultoria responsável por pesquisa feita pouco antes da cirurgia a qual Lula foi submetido, no início desta semana.
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No levantamento, divulgado na manhã de hoje (12), o presidente é favorito na eleição de 2026, caso opte por concorrer. Ele venceria Bolsonaro e outros nomes da direita em cenários estimulados para o 2º turno da corrida presidencial. Bolsonaro, por sua vez, perderia não só para Lula, mas também para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
[Hoje] O incumbente [aquele que ocupa cargo oficial, neste caso, Lula] é favorito, e o Bolsonaro, neste momento, está muito enfraquecido. As outras candidaturas da direita que ainda têm um esforço grande a ser feito para competir em pé de igualdade com o governo. A oposição precisa trabalhar um pouco conhecimento, outros atributos para ser competitiva diante do governo.
A reeleição é de fato uma instituição muito forte. E essa instituição forte está deflagrada nos resultados da pesquisa de ontem [avaliação do trabalho de Lula] e nos resultados de hoje. O Lula conseguindo ganhar de todos os seus adversários de uma maneira, inclusive, folgada. Felipe Nunes, CEO da Quaest
Pesquisa aponta nome forte no PT
Caso Lula não concorra em 2026, o nome favorito para ser o candidato do governo, segundo a pesquisa, é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Assim como o atual chefe do Executivo, Haddad venceria todos os mesmos nomes da direita.
Contra Bolsonaro, Haddad venceria por 42% contra 35%. Em uma disputa contra Tarcísio, o ministro da Fazenda venceria por 44% a 25%. Já contra Marçal, Haddad seria o vitorioso por 42% a 28%. Por fim, contra Caiado, o chefe da Fazenda ganharia o pleito por 45% a 19%.
A pesquisa foi feita entre os dias 4 a 9 de dezembro, antes da cirurgia às pressas a que Lula foi submetido nesta semana. O procedimento foi realizado após a identificação de uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido pelo chefe do Executivo em outubro.
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