Gadelha: Comissão fará audiência pública com brasileiros deportados dos EUA
O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE), presidente da Comissão Mista sobre Migrações e Refugiados, afirmou que a Câmara deve convocar imigrantes brasileiros, trazidos pelos Estados Unidos no fim de semana. A declaração foi feita durante o UOL News, do Canal UOL, nesta quinta-feira (30).
Primeiramente, a comissão vai chamar audiências públicas para ouvir esses brasileiros que retornaram ao nosso país e saber que tratamentos foram esses. Ao que consta, tivemos direitos humanos violados. É preciso acompanhar de perto as condições que esses brasileiros estão chegando aqui e o que nós podemos fazer para acolhê-los de volta. Túlio Gadelha, deputado federal
O governo americano enviou um avião com 88 repatriados brasileiros na última sexta-feira (27), em uma iniciativa do republicano Donald Trump, que anunciou a política de tolerância zero aos imigrantes que vivem de forma ilegal nos EUA. O voo enfrentou problemas e precisou parar em Manaus, antes de chegar a Belo Horizonte, seu destino final.
Em Manaus, a Polícia Federal identificou que os brasileiros estavam algemados e acorrentados. A situação foi informada a Lula na manhã de sábado (25), que reclamou publicamente da situação e acusou uma quebra de acordo por parte do governo Trump. O presidente então determinou a remoção imediata das algemas e o envio de um avião da FAB para levar os brasileiros até Belo Horizonte.
O governo Trump afirmou ter prendido 538 pessoas que entraram irregularmente no país e deportado "centenas" em aviões do Exército, apenas em quatro dias de gestão. Os números, contudo, não diferem muito das estatísticas do governo anterior liderado pelo democrata Joe Biden, que contabilizou 170 mil prisões em 2023, uma média de 467 por dia.
Bilenky: 'Gleisi reforça estigma de governo gastador'
No UOL News, a colunista Thais Bilenky afirmou que a indicação da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-SP) a um dos ministérios do governo Lula reforça o estigma de uma gestão gastadora visto pelo mercado financeiro.
A Gleisi personifica o que o mercado, de modo geral, nem entende como um governo gastador, um governo intervencionista e tal. As posições dela na economia reforçam esse estigma que o mercado coloca no Lula no PT e no governo. Thais Bilenky, colunista do UOL
O presidente teria decidido ao menos uma das mudanças que deve fazer no seu ministério, com a entrada da atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo. O cargo compõe o quarteto dos ministros do Palácio do Planalto, que tem livre acesso ao presidente.
Gleisi é uma das pessoas que tem feito duras críticas a medidas tomadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a contenção de gastos.
Sakamoto: 'Lula evitou sair na mão com mercado financeiro'
No UOL News, o colunista Leonardo Sakamoto avaliou o petista evitou sair na mão com mercado financeiro durante a entrevista coletiva e, com isso, realinha o seu discurso para as eleições de 2026.
Na minha avaliação, pelo menos até agora o que a gente assistiu, o Lula mudou o tom, evitou brigas com o mercado e deu uma entrevista que não é uma entrevista, digamos, eleitoral, não eleitoreira. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Esta foi a primeira entrevista do mandatário concedida aos repórteres, no Palácio do Planalto, em Brasília, desde que trocou o comando da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República). O publicitário Sidônio Palmeira assumiu o lugar do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
Josias: Lula precisa assumir que Campos Netto é bode expiatório'
No UOL News, Josias observou que Lula também precisa admitir que Roberto Campos Netto, ex-presidente do Banco Central, virou bode expiatório gasto.
O Lula e a cúpula do PT agora atribuem [o aumento da taxa de juros], remanescente na gestão do Gabriel Galípolo [atual presidente do BC] a uma herança da gestão de Campos Neto. Isso não é bem assim. Josias de Souza, colunista do UOL
Nesta quinta, Lula defendeu Galípolo, indicado por ele ao cargo, após o aumento da taxa básica de juros para 13,25% ao ano na última quarta (29). O presidente era um grande crítico do ex-presidente Roberto Campos Netto e o acusava de boicote por ter sido indicado e ter boa relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O aumento da taxa de juros encarece principalmente o crédito e os serviços financeiros. Ou seja, fica mais alto o custo dos empréstimos pessoais e para empresas, dos financiamentos imobiliários e para a compra de veículos.
Assista ao trecho do vídeo abaixo
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