A julgar pelos primeiros movimentos, o roteiro previsível seguido na última eleição para prefeito do Rio de Janeiro não vai se repetir em 2020.
Tudo indica que o eleitor carioca deverá assistir na próxima campanha municipal a muito mais que uma reedição da disputa entre o atual prefeito, Marcelo Crivella (PRB), e o candidato vencido no segundo turno, Marcelo Freixo (PSOL).
De olho em 2022, os presidenciáveis estarão movendo suas peças no tabuleiro da Cidade Maravilhosa.
O governador de São Paulo, João Doria, saiu na frente e colocou no comando do PSDB do Rio um aliado, Paulo Marinho, que enfrenta resistência para emplacar sua candidata à Prefeitura.
Já o presidente Jair Bolsonaro ainda não decidiu quem escolherá como representante e cogitou até escalar o deputado Hélio Lopes (PSL), que na campanha adotou o sobrenome do capitão e se tornou o mais votado do estado para a Câmara Federal.
Além disso, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) deverá participar da eleição sob a torcida do presidente da Câmara, o correligionário Rodrigo Maia, outro potencial presidenciável. E, surpreendentemente, talvez tenha também entre os apoiadores o adversário do segundo turno da eleição para governador: Wilson Witzel (PSC), também de olho no Planalto.
Para aumentar a briga por espaço, Gustavo Bebianno, o ex-apoiador e ex-ministro de Bolsonaro, também será candidato, o que anuncia a probabilidade de embates acalorados com os bolsonaristas.
São esperadas ainda fortes emoções nos bastidores do PSL, com os irmãos Flávio e Carlos Bolsonaro disputando quem terá a primazia de indicar ao pai o nome do partido.