Vacina contra ebola é administrada em 50 voluntários na Guiné
A primeira vacina contra o ebola, a VSV-EBOV, em fase de testes na Guiné, foi administrada a cerca de 50 pessoas - informaram nesta terça-feira fontes oficiais e a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Cerca de 20 voluntários foram vacinados nesta terça durante uma apresentação dos testes num centro médico na periferia de Conacri, segundo constatou a reportagem da AFP.
Ao todo, desde o início dos testes em 7 de março, cerca de 50 pessoas foram vacinadas na Guiné, entre elas o ministro da Saúde, Rémy Lamah, e o coordenador nacional de combate ao ebola, Sakoba Keita, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Os testes têm por objetivo verificar a eficácia e a inocuidade da vacina contra o ebola", no grupo de voluntários, declarou à AFP o médico Aboubacar Soumah, da MSF.
"Qualquer pessoa vacinada é submetida a uma observação de 30 minutos para ver se não há reações", acompanhada em intervalos predeterminados, informou.
Sakoba Keita, vacinado no último dia 7, relatou se "sentir bem" e não ter verificado efeitos colaterais, comemorando o fato de que os primeiros voluntários foram dar seus depoimentos.
A VSV-EBOV, uma das duas vacinas mais avançadas contra o vírus, foi disponibilizada pela Agência de Saúde Pública do Canadá.
A outra vacina, desenvolvida pela farmacêutica britânica GSK (GlaxoSmithKline) com o Instituto Americano de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) está sendo testada desde fevereiro na Libéria.
A epidemia de ebola na África Ocidental, a mais grave desde a identificação do vírus na áfrica Central, em 1976, começou em dezembro de 2013 no sul da Guiné antes de se propagar para a Libéria e Serra Leoa.
A onda de ebola matou cerca de 10 mil pessoas, um número subestimado - segundo a própria OMS. Na Guiné, foram mais de 2.100 vítimas fatais do vírus para quase 24 mil casos registrados.
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