Epidemia de ebola ameaça disparar casos de sarampo na África
A epidemia de ebola nos três países mais atingidos do oeste africano ameaça aumentar os casos de sarampo e a mortalidade infantil devido à diminuição de vacinação, alertaram especialistas nesta quinta-feira (12).
Cerca de 100.000 crianças mais poderiam sofrer de sarampo, as quais se somariam aos 127 mil casos já contabilizados entre as crianças que não foram vacinadas em Guiné, Serra Leoa e Libéria, epicentro da epidemia de ebola, indica um estudo publicado na revista Science.
Isto poderia se traduzir em mais de 5.000 mortes por sarampo, mas este número poderia potencialmente atingir 16.000, acima da letalidade do ebola, que já ultrapassou os 10 mil mortos.
"Os efeitos colaterais do ebola, tanto sobre a taxa de infecção de sarampo e outras doenças infantis também podem ser devastadores em termos de perda de vidas humanas", adverte Justin Lessler, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins e principal autor do estudo.
O especialista ressalta que é "muito simples e barato salvar vidas reiniciando as campanhas de vacinação".
Esta previsão de crescimento de casos de sarampo seria resultado da interrupção dos programas de imunização infantil nestes três países, onde os sistemas de saúde estão sobrecarregados com a atenção ao surto de ebola, apontam os pesquisadores.
Antes do início da epidemia de ebola, cerca de 778.000 crianças com entre nove meses e cinco anos nesses países não tinham sido vacinadas, mas dez meses depois esse número subiu para 1,12 milhão, de acordo com especialistas.
Entre 1994 e 2003, nesses três países foram notificados mais de 93.000 casos de sarampo, mas o número caiu abaixo de 7.000 desde 2004.
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