Tailândia tem primeiros casos diagnosticados de bebês com microcefalia por zika
As autoridades da Tailândia confirmaram dois casos de microcefalia em bebês de mães contaminadas com o vírus da zika, o que pode fazer do país, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o primeiro do sudeste asiático com o registro de uma contaminação no útero.
"Dois dos três bebês são microcéfalos pelo vírus da zika", anunciou Wicharn Pawan, funcionário do ministério da Saúde.
Na terça-feira, o governo tailandês anunciou suspeitas sobre a microcefalia de três bebês nascidos de mães contaminadas com o vírus zika e que publicaria os resultados das análises nesta sexta-feira.
Na quarta-feira, a OMS informou que se os casos fossem confirmados seriam os primeiros no sudeste da Ásia.
Até o momento haviam sido registrados casos de fetos contaminados por zika durante a gravidez nas Filipinas e na Malásia. Mas não se estabeleceu uma responsabilidade direta pelo vírus.
As autoridades tailandesas acompanham 36 mulheres grávidas infectadas pelo vírus da zika. Oito delas já deram à luz e três bebês nasceram com microcefalia, sendo que apenas dois podem ser atribuídos à zika, de acordo com os exames.
Um quarto bebê, que ainda não nasceu, parece sofrer de microcefalia, mas sem relação com o vírus da zika, de acordo com o ministério da Saúde.
O vírus da zika está presente há vários anos no sudeste da Ásia.
Mas após a divulgação dos casos de microcefalia na América do Sul, a vigilância se tornou mais intensa em outros continentes.
O ministério da Saúde da Tailândia recorda que a cada ano entre 200 e 300 crianças com microcefalia nascem na Tailândia, até agora associada em muitos casos a outras doenças, como rubéola e catapora.
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