Ministros da saúde do G7 entram em acordo para combate conjunto a pandemias
Londres, 4 Jun 2021 (AFP) - Os ministros da saúde das principais economias do G7 concordaram nesta sexta-feira (4) em compartilhar melhor os resultados dos testes clínicos de vacinas e tratamentos para acelerar seu desenvolvimento diante das pandemias.
Antes da cúpula de chefes de Estado e de governo do G7, que será realizada de 11 a 13 de junho no sudoeste da Inglaterra, esta reunião setorial comprometeu-se "com um novo acordo internacional que facilitará e agilizará o compartilhamento dos resultados dos testes de vacinas e tratamentos para combater a covid-19 e prevenir futuras ameaças à saúde".
Um sistema "será implementado rapidamente" para "fortalecer a colaboração em testes internacionais em grande escala" e "evitar duplicação desnecessária de esforços", de acordo com uma declaração no final de dois dias de reuniões patrocinadas pelo Reino Unido em Oxford, que neste ano preside o grupo dos sete países mais industrializados.
O objetivo é "estabelecer nossos princípios comuns para acelerar a taxa na qual os ensaios clínicos geram evidências sólidas e seus resultados podem ser aplicados nesta e em futuras pandemias", informaram os ministros em um comunicado conjunto.
Este acordo surge depois dos líderes da indústria farmacêutica se comprometerem a "reduzir o tempo de desenvolvimento e implementação de novos testes, terapias e vacinas em apenas 100 dias", segundo nota do Ministério da Saúde britânico.
Os países do G7 também enfatizam a colaboração para melhorar a vigilância global do coronavírus e a detecção de futuras ameaças à saúde.
Também reafirmam o papel central da Organização Mundial da Saúde (OMS), à qual os Estados Unidos fizeram seu grande retorno em janeiro, com a chegada de Joe Biden à Casa Branca, depois que o país deixou a organização durante governo do antecessor, Donald Trump.
Em relação à distribuição de vacinas contra a covid-19, um dos principais pontos nos debates entre os apelos aos países ricos para que aumentem seus esforços, os ministros da Saúde se comprometeram a compartilhar doses com os países em desenvolvimento por meio do dispositivo internacional Covax.
O G7 também destacou a necessidade de desenvolver padrões internacionais de testagem para a covid-19 e certificados de vacinação para permitir uma "aceitação mútua".
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