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Hospital Infantil de Sorocaba (SP) está em crise

27/11/2007 11h24

São Paulo - Cerca de 400 crianças e adolescentes portadores de câncer de 48 cidades da região de Sorocaba, a 92 km de São Paulo, correm o risco de ficar sem atendimento gratuito. O Hospital Sarina Rolim Caracante, único do tipo na região, perdeu o status de Unidade de Assistência de Alta Complexidade e deixou de receber o volume correspondente de repasses do Sistema Único de Saúde (SUS). As internações e os procedimentos cirúrgicos foram transferidos para a Santa Casa de Sorocaba.

Mantido pelo Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (GPACI), entidade filantrópica, o Sarina foi construído em 1990 e tornou-se uma referência. "Naquela ocasião, a planta arquitetônica correspondia às exigências do Ministério da Saúde", conta o presidente, Carlos Camargo Costa. "Com o tempo, o hospital ficou defasado."

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exigiu que o hospital atendesse a uma resolução de 2002. Para isso, são necessárias reformas de R$ 3 milhões. O hospital é mantido com recursos do SUS - que cobrem 22% dos custos -, doações e escassas subvenções públicas. A diretoria e parte da equipe médica trabalham como voluntários.

Mensalmente, são realizados 425 atendimentos ambulatoriais, 1.425 atendimentos multidisciplinares, 22 internações e 45 cirurgias. O GPACI iniciou uma campanha por recursos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

AE

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