Ex-ministro da Saúde critica internação à força de dependentes
O ex-ministro da Saúde do governo Lula José Gomes Temporão criticou a política do governo de São Paulo de implementar o programa de incentivo à internação compulsória de dependentes de crack. Após participar de um evento promovido pelo Instituto Lula na manhã desta segunda-feira, em São Paulo, Temporão disse que é preciso colocar a saúde pública em primeiro lugar nestes casos e, com esse tipo de internação, a ação estadual corre o risco de se transformar em uma política higienista. "Pode-se correr o risco de se caminhar nesse sentido (da política higienista) e que se esteja desrespeitando direitos individuais", comentou o ex-ministro.
Famílias procuram internação à força em SP meio a protesto
No dia em que o governo de São Paulo iniciou o programa de incentivo à internação compulsória de dependentes químicos da cracolândia, o ex-ministro (que hoje atua como diretor executivo do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde) se disse contra as "políticas autoritárias" criadas "no afã de responder a pressão da opinião pública". "Talvez esteja faltando um pouco mais de diálogo entre os setores, onde as garantias dos direitos individuais sejam preservadas e a proteção e o cuidado se dê sem descambar para o autoritarismo e para a repressão, sem abrir mão do tratamento", afirmou Temporão.
O ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos do governo Lula Paulo Vannuchi também defendeu o diálogo e a ação conjunta entre os governos federal, estadual e municipal. Para o ex-ministro, não se pode pegar casos de dependentes em situação limite e os transformar em regra. "A estratégia da repressão está fracassada", avaliou Vannuchi.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.