Médicos temem quebra de sigilo
Entidades médicas de São Paulo receberam positivamente a adoção de um prontuário eletrônico unificado, mas temem que os dados dos pacientes sejam acessados de forma ilegal ou até mesmo comercializados.
“Precisamos tomar cuidado sobre quais pessoas têm acesso a essas informações. Se os dados chegarem a um convênio de saúde ou a um seguro de vida, por exemplo, não se pode excluir esse paciente porque já se sabe que doenças ele tem e se é ou não rentável assegurá-lo”, afirma Renato Françoso Filho, do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e diretor de Comunicação da Associação Paulista de Medicina (APM).
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Cid Carvalhaes, é importante que o sistema registre quem teve acesso às informações e que o paciente possa acompanhar o prontuário. “O próprio sistema tem de identificar e gravar quem acessou os dados, garantindo um controle de quem deve ler esse material.”
Os dois ressaltam que o projeto só será eficaz se a tecnologia adotada pelo governo conseguir gerenciar com agilidade as informações registradas.
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