Suspeitas de chikungunya já superam todo o ano passado
São Paulo - O número de casos suspeitos de chikungunya notificados na cidade de São Paulo nos três primeiros meses deste ano já supera os registros de todo o ano passado, segundo balanço apresentado ontem pela Secretaria Municipal da Saúde.
De 1º de janeiro a 23 de março, foram 1.158 notificações da doença, ante 728 nos 12 meses de 2015. Do total de casos de 2016, cinco já foram confirmados como autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do próprio Município, especificamente nos bairros de Pirituba (zona norte), Vila Curuçá (zona leste) e Sacomã (zona sul), este último com três casos.
Há outros 75 casos confirmados em que os pacientes ou são moradores de outras cidades ou foram infectados fora da capital. Do restante de registros, 274 foram descartados e 831 estão sob investigação.
"O número de confirmações é pequeno porque, com a chikungunya, ainda não conseguimos fazer todo o diagnóstico pela Prefeitura, precisamos de exames confirmatórios do Instituto Adolfo Lutz (laboratório do governo do Estado) e isso demora um pouco mais", explicou o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.
Ele afirma que a administração municipal já considera que tanto os vírus da chikungunya quanto da zika estão em circulação na capital. "Temos de trabalhar com a hipótese de que, assim como a dengue, elas serão doenças endêmicas, que vieram para ficar enquanto não houver uma vacina", disse.
O número de casos notificados de vírus zika na capital também cresceu em relação ao ano passado. Já são 190 pacientes com suspeita da doença, ante 49 em 2015. Apenas um caso autóctone foi confirmado, de uma moradora da Freguesia do Ó, na zona norte. A cidade tem ainda seis casos de microcefalia cuja ligação com o vírus zika está confirmada e outros 27 sob investigação.
Dengue
Na contramão do crescimento das outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue teve redução de 47% no número de casos nos dois primeiros meses deste ano na capital. O total de registros confirmados caiu de 6.653, no primeiro bimestre de 2015, para 3.484 no mesmo período deste ano.
Segundo Padilha, o resultado se deve ao esforço das ações de combate a criadouros do mosquito tanto por parte da população quanto dos agentes municipais. O secretário destacou como ação bem-sucedida o, até então inédito, uso de larvicida em mais de 6 mil terrenos e imóveis considerados estratégicos pela Prefeitura, como espaços que acumulam objetos e entulhos ou locais de grande circulação de pessoas.
"Foi uma estratégia acertada que está relacionada à redução de casos de dengue", disse o secretário, que ressaltou que, apesar da queda no número de pessoas infectadas, o período de pico da doença ainda está por vir. "É um dado bastante positivo, mas não podemos baixar a guarda porque, historicamente, o número de casos aumenta ainda mais em março e em abril."
A zona leste da cidade é a região mais afetada pela dengue neste ano. Lajeado, Penha e Cangaíba lideram em número de casos, com 251, 209 e 94 infectados, respectivamente. Até agora, a cidade registrou uma morte por dengue.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
De 1º de janeiro a 23 de março, foram 1.158 notificações da doença, ante 728 nos 12 meses de 2015. Do total de casos de 2016, cinco já foram confirmados como autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do próprio Município, especificamente nos bairros de Pirituba (zona norte), Vila Curuçá (zona leste) e Sacomã (zona sul), este último com três casos.
Há outros 75 casos confirmados em que os pacientes ou são moradores de outras cidades ou foram infectados fora da capital. Do restante de registros, 274 foram descartados e 831 estão sob investigação.
"O número de confirmações é pequeno porque, com a chikungunya, ainda não conseguimos fazer todo o diagnóstico pela Prefeitura, precisamos de exames confirmatórios do Instituto Adolfo Lutz (laboratório do governo do Estado) e isso demora um pouco mais", explicou o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.
Ele afirma que a administração municipal já considera que tanto os vírus da chikungunya quanto da zika estão em circulação na capital. "Temos de trabalhar com a hipótese de que, assim como a dengue, elas serão doenças endêmicas, que vieram para ficar enquanto não houver uma vacina", disse.
O número de casos notificados de vírus zika na capital também cresceu em relação ao ano passado. Já são 190 pacientes com suspeita da doença, ante 49 em 2015. Apenas um caso autóctone foi confirmado, de uma moradora da Freguesia do Ó, na zona norte. A cidade tem ainda seis casos de microcefalia cuja ligação com o vírus zika está confirmada e outros 27 sob investigação.
Dengue
Na contramão do crescimento das outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue teve redução de 47% no número de casos nos dois primeiros meses deste ano na capital. O total de registros confirmados caiu de 6.653, no primeiro bimestre de 2015, para 3.484 no mesmo período deste ano.
Segundo Padilha, o resultado se deve ao esforço das ações de combate a criadouros do mosquito tanto por parte da população quanto dos agentes municipais. O secretário destacou como ação bem-sucedida o, até então inédito, uso de larvicida em mais de 6 mil terrenos e imóveis considerados estratégicos pela Prefeitura, como espaços que acumulam objetos e entulhos ou locais de grande circulação de pessoas.
"Foi uma estratégia acertada que está relacionada à redução de casos de dengue", disse o secretário, que ressaltou que, apesar da queda no número de pessoas infectadas, o período de pico da doença ainda está por vir. "É um dado bastante positivo, mas não podemos baixar a guarda porque, historicamente, o número de casos aumenta ainda mais em março e em abril."
A zona leste da cidade é a região mais afetada pela dengue neste ano. Lajeado, Penha e Cangaíba lideram em número de casos, com 251, 209 e 94 infectados, respectivamente. Até agora, a cidade registrou uma morte por dengue.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fabiana Cambricoli
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