Baixa umidade do ar em SP reforça importância de cuidados com a saúde no outono
O clima mais seco é mais predominante nesta época do outono. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice mínimo recomendável de umidade relativa do ar é de 60%. Desde sexta-feira, 20, a umidade tem ficado muito baixa em São Paulo. Na sexta-feira, o registro foi de 20%. No sábado, 21, foi de 29% e no domingo, 22, foi de 38%. Todos os valores são da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) do Mirante de Santana.
O outono começou no dia 20 de março e vai até o dia 21 de junho. No entanto, características de verão predominaram no primeiro mês da estação, com calor e umidade no ar elevada sobre o Brasil, segundo a Climatempo. Dias chuvosos foram registrados em quase todos os Estados do País. A última semana de abril será marcada com calor.
Somente a partir da segunda quinzena de maio, a região centro-sul começará a sentir os primeiros dias realmente mais frios da estação.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), o tempo seco e estável segue predominando sobre o Estado paulista em razão da presença de uma área de alta pressão atmosférica que dificulta a formação de nuvens de chuva e impede a passagem livre das frentes frias pela região. Esse cenário sem chuva influencia a formação de queimadas e incêndios florestais, bem como prejudica a qualidade do ar.
O presidente da Rino e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF), Márcio Nakanishi, ressalta que a umidade do ar fica muito baixa no outono, o que aumenta a concentração de poluentes nas grandes cidades. "Isso pode provocar doenças respiratórias como rinite, sinusite e bronquite, além de problemas na garganta e dores no ouvido. Olhos também podem ser afetados com a concentração de poluentes na atmosfera. Em um dia chuvoso, a gente observa que a chuva até 'lava o céu'. Quem tem predisposição pode sofrer mais com os problemas respiratórios no outono", alertou.
Nakanishi lembra que alguns cuidados podem ser adotados para amenizar os sintomas. "Lave o nariz e os olhos com soro fisiológico e utilize colírio, tome bastante líquido, evite bebidas alcoólicas em excesso e não pratique atividades físicas onde a qualidade do ar não é boa", destacou. É importante ainda manter o ambiente da casa limpo e ventilado, evitar que camas e berços fiquem perto de paredes e lavar os cobertores antes do uso, por exemplo. Na hora da limpeza, vale optar pelo pano úmido e não utilizar vassouras, espanadores e aspiradores de pó.
A vacina da gripe também é recomendável neste período do ano em que as pessoas estão mais propensas a ter doenças respiratórias. "O vírus se concentra principalmente em locais fechados. Também é recomendável lavar as mãos com frequência", reforçou o especialista.
Podem se vacinar pessoas acima de 60 anos, crianças com idade entre seis meses e cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade - entre eles, adolescentes de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e funcionários do sistema prisional.
Boatos
Nos últimos dias tem circulado nas redes sociais uma previsão indicando que o próximo inverno brasileiro será o mais rigoroso dos últimos 100 anos. No entanto, especialistas em meteorologia explicam que essa informação é falsa.
"Totalmente fake news", afirma Expedito Rebello, coordenador-geral de meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). "Não existe modelo em nenhuma parte do mundo que faça uma previsão dessas."
Segundo ele, a última onda de frio intensa no Brasil foi registrada no dia 18 de julho de 1975 e durou 18 dias. "Dificilmente vamos alcançar algo parecido", disse Rebello.
O especialista explicou que as massas de ar frio são facilmente detectáveis pelos aparelhos, mas somente em um período inferior a cinco dias. Sendo assim, não seria possível fazer uma previsão desse porte com tanta antecedência.
A Climatempo informou em nota que também "não vê possibilidade alguma de termos um inverno rigoroso, muito menos o mais rigoroso dos últimos 100 anos, como vem sendo veiculado de forma irresponsável por alguns sites". O portal afirmou ainda que o País deve ter um inverno dentro da normalidade, ou até mesmo ligeiramente mais quente que o normal.
O outono começou no dia 20 de março e vai até o dia 21 de junho. No entanto, características de verão predominaram no primeiro mês da estação, com calor e umidade no ar elevada sobre o Brasil, segundo a Climatempo. Dias chuvosos foram registrados em quase todos os Estados do País. A última semana de abril será marcada com calor.
Somente a partir da segunda quinzena de maio, a região centro-sul começará a sentir os primeiros dias realmente mais frios da estação.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), o tempo seco e estável segue predominando sobre o Estado paulista em razão da presença de uma área de alta pressão atmosférica que dificulta a formação de nuvens de chuva e impede a passagem livre das frentes frias pela região. Esse cenário sem chuva influencia a formação de queimadas e incêndios florestais, bem como prejudica a qualidade do ar.
O presidente da Rino e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF), Márcio Nakanishi, ressalta que a umidade do ar fica muito baixa no outono, o que aumenta a concentração de poluentes nas grandes cidades. "Isso pode provocar doenças respiratórias como rinite, sinusite e bronquite, além de problemas na garganta e dores no ouvido. Olhos também podem ser afetados com a concentração de poluentes na atmosfera. Em um dia chuvoso, a gente observa que a chuva até 'lava o céu'. Quem tem predisposição pode sofrer mais com os problemas respiratórios no outono", alertou.
Nakanishi lembra que alguns cuidados podem ser adotados para amenizar os sintomas. "Lave o nariz e os olhos com soro fisiológico e utilize colírio, tome bastante líquido, evite bebidas alcoólicas em excesso e não pratique atividades físicas onde a qualidade do ar não é boa", destacou. É importante ainda manter o ambiente da casa limpo e ventilado, evitar que camas e berços fiquem perto de paredes e lavar os cobertores antes do uso, por exemplo. Na hora da limpeza, vale optar pelo pano úmido e não utilizar vassouras, espanadores e aspiradores de pó.
A vacina da gripe também é recomendável neste período do ano em que as pessoas estão mais propensas a ter doenças respiratórias. "O vírus se concentra principalmente em locais fechados. Também é recomendável lavar as mãos com frequência", reforçou o especialista.
Podem se vacinar pessoas acima de 60 anos, crianças com idade entre seis meses e cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade - entre eles, adolescentes de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e funcionários do sistema prisional.
Boatos
Nos últimos dias tem circulado nas redes sociais uma previsão indicando que o próximo inverno brasileiro será o mais rigoroso dos últimos 100 anos. No entanto, especialistas em meteorologia explicam que essa informação é falsa.
"Totalmente fake news", afirma Expedito Rebello, coordenador-geral de meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). "Não existe modelo em nenhuma parte do mundo que faça uma previsão dessas."
Segundo ele, a última onda de frio intensa no Brasil foi registrada no dia 18 de julho de 1975 e durou 18 dias. "Dificilmente vamos alcançar algo parecido", disse Rebello.
O especialista explicou que as massas de ar frio são facilmente detectáveis pelos aparelhos, mas somente em um período inferior a cinco dias. Sendo assim, não seria possível fazer uma previsão desse porte com tanta antecedência.
A Climatempo informou em nota que também "não vê possibilidade alguma de termos um inverno rigoroso, muito menos o mais rigoroso dos últimos 100 anos, como vem sendo veiculado de forma irresponsável por alguns sites". O portal afirmou ainda que o País deve ter um inverno dentro da normalidade, ou até mesmo ligeiramente mais quente que o normal.
Jéssica Otoboni, Marina Dayrell e Renata Okumura
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